Um grupo de oito investigadores da área de comunicação da Universidade do Minho dirigiu ontem uma carta aberta ao primeiro ministro Durão Barroso, propondo uma audição pública sobre as grandes opções para o serviço público de televisão. O texto completo do documento pode ser lido aqui. Avanço alguns excertos: "O intenso debate que perpassou as páginas da Imprensa, na última Primavera, mostra à evidência que a televisão e em especial o serviço público interessam os cidadãos. Mas é justo reconhecer que esse debate, tendo envolvido primordialmente responsáveis e colunistas dos media e alguns intelectuais e dirigentes políticos, esteve longe de incorporar as sensibilidades, ideias e propostas de vastos sectores da sociedade civil e de cidadãos de diferentes proveniências." (...) "Assim sendo, e porque nos parece, enquanto investigadores do fenómeno televisivo e enquanto cidadãos deste país, que nos encontramos perante um momento e uma oportunidade singulares, consideramos ser o momento oportuno para propor uma metodologia de acção que, salvaguardando a legitimidade da actuação do Governo e a premência das soluções, acautele igualmente o princípio do envolvimento público, atrás enunciado. Essa metodologia passa por tomar a reflexão e as propostas do Grupo de Trabalho nomeado pelo Governo como contributo e ponto de partida para um debate público a levar a cabo em período de tempo razoável, ao longo dos próximos três meses. Com base nessas e noutras propostas que o Governo entenda colocar como termos de referência, seria desencadeado um processo de audição pública de instituições e de cidadãos, quer presencialmente quer por escrito, coordenada por uma comissão constituída ad hoc ou, em alternativa, no âmbito da Alta Autoridade para a Comunicação Social ou do Conselho de Opinião da RTP".(...) "Definidos os termos de referência do debate e as questões específicas a colocar, seria aberto um período de audição e de recolha de contributos, previa e adequadamente anunciado na Comunicação Social, sendo as principais organizações nacionais e sectoriais expressamente convidadas a participar. Os contributos escritos seriam disponibilizados na Internet, para conhecimento alargado e enriquecimento do próprio debate." Assinam a carta-aberta Moisés Martins, Manuel Pinto, Helena Sousa, Joaquim Fidalgo, Helena Gonçalves, Helena Pires, Felisbela Lopes e Luís Santos.
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