A imprensa regional - seja lá o que isso for (aceitam-se sugestões para uma definição) - vai desiludindo cada vez mais, e fazendo questionar os contribuintes - com alguma legitimidade, reconheço-o cada vez mais, mas o Paulo Ferreira poderá argumentar melhor - da utilidade do dinheiro que é investido no Porte Pago. Vem o intróito a propósito da atitude dos matutinos de Braga - Diário do Minho e Correio do Minho - em relação à cobertura jornalística relativa a uma questão que tem marcado a agenda (do povo e dos outroa jornais - nacionais) na cidade de Braga: a sugestão de erigir uma estátua ao cónego Melo. Tendo o Bloco de Esquerda marcado um jantar (que congregou matizes muito diversos do espectro político-partidário) para manifestar o repúdio pela ideia, que os media (nacionais) destacaram, de acordo com os news values mais ou menos consensuais, o Diário do Minho, propriedade da Igreja Católica e dirigido por um padre, publicou o despacho da Agência Lusa (indisponibilidade de jornalistas, talvez...), enquanto que o Correio do Minho (propriedade da Câmara Municipal até há poucos anos, tendo transitado para as mãos de um empreiteiro, o que é significativo), cujo director (ex-padre) Costa Guimarães, é mais papista que o Papa em relação aos poderes estabelecidos na cidade (o que poderá explicar a sua corcunda cada vez mais acentuada), não consagrou uma única linha à questão, embora lhe tenha dedicado um extenso editorial na véspera, insultando os jornalistas que foram noticiando os desenvolvimentos do caso. São situações como esta (que encontram expressão, em Baga, em outro pasquim, o Ecos de Basto, cujo director é assessor da Câmara de Cabeceiras de Basto, e que publica, no mínimo, meia dúzia de fotos do autarca local em cada edição) que nos fazem lamentar a falta de coragem de Aarons de Carvalho na poda direccionado para ALGUMA imprensa regional. Infelizmente, a imbecilidade não é um exclusivo do distrito de Braga, como se percebe pelo texto de José Ricardo Carvalheiro na BOCC.
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