A situação de várias empresas de comunicação social configura um quadro negro para os respectivos trabalhadores e designadamente para os jornalistas. Alguns dados vindos a público nos últimos dias: - "A Administração da SIC fez um ultimato a todos os trabalhadores da estação, especialmente aos jornalistas: ou há candidatos a rescisões de contratos ou a estação poderá recorrer ao despedimento colectivo" (Armando Rafael, DN, 5.11). Os jornalistas da estação reunidos anteontem, exigiram que as propostas da empresa sejam negociadas através das estruturas representativas dos trabalhadores. - "Os jornalistas da Lusa admitem avançar para a greve, se a administração não puser termo às pressões visando despedimentos e recusar de novo receber a direcção do Sindicato de Jornalistas. A greve poderá ser marcada no plenário da Redacção agendado para 20 de Novembro" (newsletter do SJ). Segundo os trabalhadores, há informações de que a Administração pretende levar 30 jornalistas a aceitarem o despedimento. - Jornalistas e outros trabalhadores do jornal «O Jogo» começaram a ser contactados para serem despedidos, num processo de emagrecimento da empresa que visa reduzir o número de trabalhadores em 10% por cada sector. O SJ considerou, em comunicado, que a empresa está a agir "à margem das regras legais e convencionais, desrespeitando elementares princípios de negociação e ofendendo a dignidade das pessoas". - "A imediata suspensão do processo de rescisão selectiva de contratos de trabalho foi exigida pelos trabalhadores da "TV Guia", reunidos em plenário, a 24 de Outubro. O plenário decidiu solicitar a imediata intervenção da Inspecção-Geral do Trabalho e do Provedor de Justiça, se a sua exigência não for respeitada". (newsletter do SJ). Recorde-se que a TV Guia foi recentemente adquirida à RTP pelo grupo Cofina, ao que se diz pelo preço de um euro. São apenas alguns exemplos.
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