Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



Pela argúcia e humor, vale a pena ler o texto de Umberto Eco no DN de hoje, dedicado ao cartoon de sátira política e à carnavalização da vida pública. A título de aperitivo: "Se eu saudar um amigo com um sorriso e disser "como vais, meu velho patife!", é evidente que não quero dizer que ele seja um patife. Se eu saudasse o primeiro-ministro desta maneira, ou mesmo o Papa, teria o peso da impertinência. Mas, se me dirigir a alguém em público - a sorrir - e disser: "A corrupção, como você bem sabe por experiência própria, é uma arte difícil de manejar", não faria sentido dizer que estava a brincar. De facto, fiz uma insinuação".

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O site "Eu sou jornalista", que se define como "a startpage obrigatória para quem gosta de notícias", acaba de ser remodelado. O número de links cresceu e, sobretudo, os assuntos sofreram uma arrumação que parece ser mais lógica. Para quem não for "habitué", merece uma visita (apesar de o fenómeno dos weblogs ainda não ter lá dado entrada). Ao fazê-lo poderá dar igualmente um salto à página mesmo ao lado, intitulada "Eu sou cinéfilo". Parabens ao Pedro Guinote e colaboradores.

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Decorre por estes dias no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) o julgamento de uma acção posta por cinco jornalistas e a associação profissional a que pertencem contra o Estado belga, por um caso relacionado com a protecção de fontes de informação. Os factos reportam-se a 1995. Os cinco jornalistas belgas, de diferentes órgãos de informação, viram as redacções em que trabalhavam e os seus computadores domésticos completamente vasculhados pela polícia encarregada da "repressão à alta criminalidade", que pretendia saber quais as fontes judiciais de uma fuga de informação relacionada com a morte de um ministro, assassinado em Liége, em 1991. O presidente da Federação Europeia de Jornalistas já considerou que a decisão que o Tribunal vier a adoptar se reveste de uma "importância crucial", devendo a jurisprudência produzida em relação a este caso ser incorporada na legislação dos Estados europeus membros do Conselho da Europa. Um comunicado sobre o processo, difundido pela Federação Internacional de Jornalistas, pode ser lido aqui. O assunto está também descrito num texto do TEDH. Um outro caso de pressão para que jornalistas revelem as suas fontes, desta vez ocorrido na Austrália, pode ser encontrado nas notas de hoje do weblog do jornalista António Granado.

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Há um site brasileiro sobre campanhas publicitárias de televisão com interesse para quem investiga ou simplesmente gosta do assunto. Tem informação sobre campanhas, agências, "making ofs" e mais, além de oferecer a possibilidade de visionar os vídeos. Uma sugestão de Paulo Crasto (suponho que um dos autores).

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"The Broadband Difference: How online Americans' behavior changes with high-speed Internet connections at home" é o nome de um estudo realizado pelo PEW Research Center. O documento conclui que 46% dos utilizadores desta ferramenta vêm notícias através da Internet. A ideia de que com a chegada da banda larga os sites noticiosos serão mais acedidos não é nova. No entanto, o documento baseia-se na prática diária de utilizadores. Por outro lado, o acesso à Internet através da banda larga permite aos utilizadores usufruirem de todas potencialidades do universo online, nomeadamente a convergência de som, imagem e texto. O relatório completo pode ser encontrado aqui. (dica do E-Media Tidbits)

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Foram entregues há dias os Webby Awards. Já é a 6ª edição da gala que premeia o que de melhor há na Internet. Na categoria de notícias a escolha da equipa dos Webby Awards recaiu sobre a BBC News, enquanto a escolha do público foi a Arts and Letters Daily. Na categoria política o público escolheu a secção de política do Washington Post. A lista completa dos prémios pode ser encontrada aqui.

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Uma pequena notícia no Público de hoje, que faz a gente sentir que o mundo respira, também no jornalismo: "A jornalista da RTP, Maria Augusta Seixas, foi distinguida pelo Clube de Jornalistas com o Grande Prémio Gazeta 2001, pela reportagem "Crimes no asfalto", que aborda o problema do alto índice de sinistralidade nas estradas portuguesas, o mais elevado de toda a União Europeia. A "qualidade do trabalho de investigação" e a "sensibilidade, contenção e sentido ético", foram alguns dos aspectos que estiveram na base da decisão do júri, que considerou esta reportagem "um bom exemplo" de um jornalismo televisivo "de serviço público". O prémio da categoria Revelação foi atribuído ao jornalista da revista "Visão", Paulo Pena, pela reportagem "As ruas da revolta", realizada no âmbito das manifestações anti-globalização ocorridas em Génova. A iniciativa, que se realiza desde 1984, distinguiu ainda o "Diário do Alentejo" com o Prémio Imprensa Regional, pelo papel que este jornal de Beja tem assumido "numa das regiões mais desfavorecidas do país", ao ponto de ter ensinado, no passado, "muita gente a ler"".

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Roy Peter Clark, um dos colaboradores do Poynter, compilou há algum tempo atrás uma lista de 20 ferramentas para escritores. O artigo teve tanto sucesso que ele voltou ao tema, acrescentou algumas informações e publica agora uma nova versão da lista mas com 30 ferramentas que podem interessar a escritores, nomeadamente os do online.

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Um jornal chileno, chamado Las Ultimas Noticias, vai usar as informações da sua versão online para escolher as notícias que terão mais espaço na sua edição impresa, ou seja, quanto mais lidas forem na versão online, maior será o espaço disponível no papel. Dica do E-Media Tidbits. Os jornais começam a tirar partido do online.

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A propósito do 30º aniversário do escândalo de Watergate, um dos jornalistas do Washington Post que foram protagonistas do caso, Bob Woodward, prestou algumas declarações à revsita Editor & Publisher, que podem ser lidas aqui.

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Mais um bom artigo do provedor dos leitores do La Vanguardia. Josep Maria Casasús explica aos leitores o que é a "ditadura do desenho" e como é importante que os jornais considerem este aspecto.

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Não se sabe, em definitivo, quem é o Deep Throat, a fonte que informou dois jornalistas do Washington Post no conhecido caso Watergate, que levou à demissão do presidente americano Richard Nixon. O esperado livro de John Dean, conselheiro de Nixon, que tinha prometido um nome, traz uma lista de cinco possíveis suspeitos. Apesar de ter causado alguma polémica, está agora à venda na Salon.com. Aqui estão alguns artigos sobre o tema. E aqui uma entrevista com John Dean.

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Um bom artigo sobre weblogs escrito por Meg Hourihan, também ela autora de um weblog, o Megnut, e co-autora de um livro sobre o assunto. Para acompanhar o lançamento livro (em breve), intitulado We Blog: Publishing Online with Weblogs, foi já criado um site, o Blogroots, onde serão publicadas partes do livro, com o objectivo de ser comentadas pelos leitores. A propósito do livro, note-se que a divulgação e a interacção com os leitores é muito diferente do habitual. O facto de existir um site e dos leitores poderem escrever comentários dá a conhecer o livro, aumenta o número de interessados em comprar e ainda fornece aos seus autores informação sobre o que ficou por fazer (talvez num novo livro). É a interactividade aproveitada com sabedoria.

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O João Carlos Gonçalves chamava há dias a nossa atenção para as perplexidades do professor e jornalista Carlos Chaparro, acerca do jornalismo on-line. A propósito, cabe referir que se vai realizar, nos próximos dias 21 e 22, na Universidade da Beira Interior, um workshop sobre jornalismo on-line, coordenado pelo Prof. António Fidalgo, cujo programa inclui quatro paineis: "Um jornalismo outro"; "Informação e Jornalismo"; "Os géneros e a convergência"; e "Outros discursos, novas linguagens". Do grupo deste weblog participa a Elisabete Barbosa e eu próprio. E, a propósito de jornalismo on-line, vale a pena dar uma olhada no último volume de Sala de Prensa (ano IV, vol. 2, n.44), o qual inclui quatro textos sobre este novo campo de estudo e intervenção: "Explorando el ciberperiodismo iberoamericano ¿Y ahora qué?", de Francis Pisani; "Las incertidumbres del periodismo en Internet", de Concha Edo; "Ciberespaço e mutações comunicacionais", de Dênis de Moraes; "Epoca de cambio o cambio de época, el debate actual", de José Luis Vargas Gutiérrez; e "¿Hacia dónde va la prensa digital cubana?", de Iván Darias Alfonso. De destacar, ainda neste número, o texto "La ciberdemocracia posible: Reflexión prospectiva a partir de la experiencia en España", de José Luis Dader.

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Dave Winer escreveu mais um texto que recomendo. Neste, o blogger americano apresenta algumas ideias de como os weblogs podem ser usados pelos órgãos de comunicação social. A ideia é simples: as empresas noticiosas dão a jornalistas e leitores oportunidade de criarem os seus blogs; em seguida, gera-se a discussão, já habitual para que habita a blogosfera; o resultado é uma melhoria no trabalho da empresa porque está mais perto dos leitores, sabe do que gostaram e não gostaram e têm acesso a notícias que não chegam, actualmente, a ser publicadas. Eu gosto e apoio a ideia. O Steve Outing, do E-Media Tidbits, também já abordou o assunto.

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O jornal britânico The Guardian vai promover mais uma iniciativa relevante. A partir do dia 17, segunda feira, vai mostrar ao público parte da sua memória: jornais antigos, objectos e informação, reunidos desde que o jornal surgiu em Maio de 1821, no dia em que Napoleão morreu. O local vai chamar-se The Newsroom e inclui, além do arquivo, um espaço de exposição, um auditório, uma área educativa, um centro de estudo público e um café.

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A versão espanhola do jornal Metro, distribuido em Madrid e Barcelona, tem uma versão online. A informação foi retirada do e-periodistas, o blog do prof. Ramon Salaverría que acrescenta alguns links de textos sobre polémicas causadas por este jornal gratuito.

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Rosemeire Vieira Romero, no site Reescrita, reflecte sobre o momento actual da educação e da desvinculação existente entre o currículo escolar e o meio em que os alunos estão inseridos. Por isso, a autora entende que “os meios de comunicação devem ser parceiros na preparação do indivíduo” procurando que “a conecção do estudante com o seu hoje” seja provida do necessário significado”.

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Carlos Chaparro, na sua habitual coluna do jornal “O Ribatejo" dedicou-se a analisar o jornalismo on-line, reflectindo sobre os enormes prejuízos que se têm abatido sobre os jornais digitais onde “os prejuízos chegaram rapidamente à casa dos milhares e milhões de dólares, facto que levou a que muitos desses jornais, pura e simplesmente, fechassem. O texto de Carlos Chaparro intitula-se “Murchou o balão inflamado do jornalismo on-line” e merece uma visita.

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Recomendo a crónica do Provedor dos Leitores do La Vanguardia. Analisa a necessidade de rigor na construção da notícia, nomeadamente no relacionamento entre jornalistas e fontes.

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Duas propostas interessantes retiradas do site do Poynter. Um excelente trabalho sobre o uso das cores no jornalismo. Apresentado de forma interactiva (o leitor decide o que quer fazer) e com vários exercícios práticos, a peça explica como o uso das cores influencia o aspecto final. Apesar de direccionado para o jornalismo, o trabalho pode ter interesse para outras áreas. A segunda sugestão é um texto de Roy Peter Clark, intitulado Why Your New Hometown Matters e reúne um conjunto de conselhos para novos jornalistas que chegam a uma cidade diferente. Em jeito de resumo, o autor sugere aos novos jornalistas que se misturem com as pessoas da cidadem, procurem envolver-se em algumas actividades e que convivam com pessoas exteriores à redacção. Há ainda um fórum de discussão sobre o tema.

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Também me interrogo sobre o papel dos notáveis que vão descobrir o que é o «serviço público» (SP)... Lá estão os que mais berraram contra a RTP - pelas mais diversas, razoáveis e éticas questões. Armaram-se em nossos defensores (eu não lhes passei procuração para tal! embora reconheça que há quem não precise disso, pois se sente iluminado e compulsivamente obrigado a defender os coitadinhos a quem é destinado o SP)...do nosso dinheirinho, que estava a ser tão mal gasto; da nossa informação, pois estávamos a ser muito mal informados pela erretêpê; e do nosso são divertimento/lazer, pois o que a dita cuja nos oferecia não ía além da indigência. Ele há voltas e coisas que só lembram ao diabo: então não é que querem definir o SP como uma realidade abstracta de intelectuais e elites que depois se vai oferecer ao «pobo»? sem o pobo dizer nada? Aliás, o povo nem tem de dizer nada - olhem, srs., para o «serviço militar», olhem para o «serviço nacional de saúde» e já têm exemplos - tem é de consumir o que os outros acham bom para si... e ser agradecido. Aliás, sempre assim foi. O povo não é para pensar pensamento, mas para se pensar com o penso que os iluminados lhe deitam na manjedoura. Tenho dito! Para rematar, não resisto a citar um belo aforisma (prefiro o a ao o): «para jornalista sem assunto, qualquer perna é presunto». Será que o SP já deixou de ser presunto?

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O jornalista português Pedro Pinto, pivô da CNN, está a fazer a cobertura do Mundial a partir da Coreia para a CNN Sports Illustrated e escreve quase todos os dias para o respectivo site uma crónica chamada "Postcards from South Korea". Há uns dias, uma crónica sua, onde criticava as restrições impostas aos jornalistas no acesso aos protagonistas da bola, deu origem a um aceso debate entre ele e os leitores.

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A International Federation of Journalists tomou recentemente uma posição sobre o actual momento do serviço público na Europa, referindo-se especificamente ao caso de Portugal. "As political forces tighten their grip on the public networks in Italy, changes now proposed in Portugal and Denmark signal a deepening crisis for public broadcasting throughout the European Union," refere Aidan White, secretário-geral da IFJ.

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É realmente estranho este silêncio sobre a situação da RTP. Eu já me tinha perguntado porquê, mas agora que o prof. Manuel Pinto abordou aqui o assunto, gostava de acrescentar o meu nome à lista dos que encaram esta comissão com alguma cautela. Não me parece bem que composta pelos mesmos que decidem quais as notícias a publicar. É pena que os nossos colunistas não tenham falado sobre alguns temas que eu considero importantes (aliás, na minha perspectiva, talvez o melhor trabalho tenha sido o da RTP): - o que é serviço público? Parece-me importante definir o que se entende por serviço público antes de se fazer qualquer mudança. Até ao momento, nada de muito conclusivo foi dito sobre o assunto. - como podemos definir o comportamento dos últimos governos face à RTP? O Estado tem ajudado ou prejudicado a televisão pública (as dívidas do estado à RTP existem ou não?) Por outro lado, fiquei satisfeita com a notícia de que a comissão de trabalhadores criou uma comissão composta por cerca de 40 personalidades para debater precisamente o que é serviço público. Talvez agora o debate regresse, porque os órgãos de comunicação social não vão poder ignorar iniciativas sobre o tema.

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Parece haver tabus no jornalismo português. Vou dar um exemplo daquilo que considero um desses tabus: o debate sobre o serviço público de televisão começou a aumentar de intensidade, até ao dia em que o Governo anunciou a criação de uma dita Comissão Independente, entretanto já transformada em Grupo de Trabalho. A partir de então, as tomadas de posição dos nossos colunistas decresceu substancialmente. Acontece que alguns dos membros da referida Comissão são colunistas e jornalistas "topo de gama" dos nossos media, alguns deles com cargos directivos, como é o caso de Cáceres Monteiro e José Manuel Fernandes. Quase ninguém se atreveu a analisar a sério a composição desta comissão e o significado de tal composição. Algumas perguntas que me ponho desde há dias e que gostaria de colocar à consideração dos parceiros desta "mesa comum" e outros visitantes deste weblog: 1. Será pacífico que directores de jornais e revistas e outros "opinion makers" participem nesta Comissão, mantendo as suas funções editoriais? (Sugiro a leitura de uma notícia sobre um alegado mal-estar na Redacção do "Público" por causa da posição do seu director, notícia que vem publicada - et pour cause! - no "Diário de Notícias"). 2. Em que medida o Governo, ao meter na Comissão os principais jornalistas e colunistas que se pronunciaram sobre o assunto do serviço público, não está, em alguma medida, a calar a comunicação social e o seu papel de acompanhamento crítico desta vertente dos actos governamentais?

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Para os estudantes de jornalismo e para todos os jornalistas que se preocupam com o correcto exercício da profissão recomendo a crónica de Fritz Utzeri no Jornal do Brasil intitulada Os limites do jornalismo. A crónica foi escrita a propósito do desaparecimento de um jornalista da TV Globo, no Rio de Janeiro, quando fazia uma reportagem numa zona controlada pelo crime organizado. Fritz levanta uma questão, na minha perspectiva, interessante: os jornalistas devem usar microcameras e microgravadores para realizarem reportagens disfarçados? O uso destas tecnologias incita à preguiça dos repórteres? Este artigo é sugerido pelo Cláudio Cordovil, autor de um bom blog sobre jornalismo chamado Mordendo os cães de guarda.

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A televisão pública brasileira tem uma provedora dos leitores. A figura de um provedor na televisão não é nova e já é utilizada, por exemplo, na França. A ouvidora é a jornalista Maria das Graças Cruvinel. Na tomada de posse, a nova provedora que vai receber as contribuições do espectadores da TV Nacional, de sinal aberto, e da NBR, canal por cabo. Segundo a Agência Brasil, na tomada de posse "Cruvinel afirmou que vai "ouvir queixas, críticas e sugestões com ética e humildade". E lembrou que se incumbirá também de encaminhar messagens referentes a qualquer outra empresa de televisão. Os interessados já podem encaminhar suas sugestões por meio do link "Ouvidoria", no site da Radiobrás (www.radiobras.gov.br). "É só clicar e falar comigo", finalizou."

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Um outro bom exemplo vindo do Brasil é o portal Comunique-se, dedicado a jornalistas e relações públicas. A newsletter diária (recebo-a já há algum tempo) é muito interessante. Além das notícias, inclui muita informação para os profissionais da área. Apesar de se centrar no Brasil, pode interessar a quem está deste lado do Oceano.

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no mínimo é uma revista online brasileira com bastante interesse. Já se chamou no. mas teve que fechar há algum tempo atrás. Agora voltou a surgir com um nome relativamente diferente mas com a mesma estrutura. Sugiro dois textos. Uma entrevista com Daisy Bregantino, que recentemente comprou a revista Cult, dedicada à cultura e se prepara para investir. O artigo chama-se "quem faz imprensa cultural". O outro é um texto de Pedro Doria sobre o fenómeno dos blogs.

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Gostei! E recomendo a crónica de Eva Dominguez no La Vanguardia Digital sobre os conteúdos pagos na Internet. O texto foi escrito a propósito da decisão do El Pais de cobrar pelo acesso aos seus conteúdos e lembra que há outras soluções como a criação de conteúdos específicos para serem vendidos. Em Espanha espera-se para ver como a situação do El Pais vai evoluir. E em Portugal? Como será?

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Especialmente desde o 11 de Setembro de 2001, têm-se multiplicado os alertas sobre os riscos de a luta contra o terrorismo poder pôr em causa conquistas como a liberdade de expressão e de imprensa. A questão poder-se-ia sintetizar na contraposição entre liberdade e segurança. Um dos últimos alertas vem do presidente da Associação Mundial de Editores de Jornais, uma organização sediada em Paris, que inclui 71 associações nacionais e membros individuais de cerca de uma centena de países. Num discurso pronunciado em Bruges (Bélgica), na semana passada, Roger Parkinson considerou que "as democracias ocidentais estão a minar a liberdade de expressão, na falaciosa convicção de que as suas acções ajudam a combater o terrorismo". Ver o texto completo do press release aqui.

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Uma sugestão retirada hoje do Ponto Media, o blog do Prof. António Granado. A Berkeley Graduate School of Journalism inclui no seu curso sobre novos media aulas sobre weblogs. No curso os alunos vão criar um blog, discutir assuntos como a propriedade intelectual, ética, entre outros.

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O Periodismo Visual é um blog espanhol, criado recentemente, e que versa uma área do jornalismo digital ainda pouco analisada: os infográficos. Daí o interesse deste projecto novo. O seu autor, Alberto Cairo, procura na rede os melhores (e talvez os piores) exemplos do uso das tecnologias visuais no jornalismo.

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