As peripécias sucedem-se, nos media franceses, depois da publicação do livro "La face cachée du Monde". O Nouvel Observateur dá conta de vários outros episódios, que têm por protagonistas Daniel Schneidermann, jornalista de Le Monde e responsável pelo programa "Arrêt sur Images", na France 5, e Robert Solé, o provedor dos leitores ("Médiateur") do mesmo jornal. No suplemento "Radio-Télévision" de 28 de Fevereiro último, Schneidermann publicou um primerio texto intitulado Contre soi-même , no qual solicita à Direcção do jornal que se explique sobre alguns aspectos denunciados no livro. Ontem volta à carga no mesmo suplemento, com "Parole contre parole", assumindo-se, na perspectiva do "Nouvel Obs" como a face visível da oposição interna no jornal. O grave é que a versão publicada está longe da versão inicialmente redigida e que pode ser lida aqui, tendo sido modificada na sequência de negociações com a chefia de Redacção. Afirma, em qualquer dos casos, este jornalista: "Evidemment, nous avons ici davantage envie de croire nos dirigeants plutôt que le duo (Péhan et Cohen ndlr) de producteurs en série d'erreurs, de dates et de prénoms. Mais le réflexe - et le devoir - d'un journaliste est de ne croire personne, pas même son chef (…) C'est justement quand on est 'parole contre parole' que commence l'investigation, contradictoire, fouillée et indépendante, qui devra bien un jour ou l'autre, sur ce sujet précisément, trouver sa place ici ou ailleurs." Mais preocupante ainda, e também de acordo com Schneidermann, em declarações a um programa de TV, a Direcção de "Le Monde" teria censurado a última coluna do provedor do jornal (a versão publicada intitula-se Face-à-face). A explicação do director foi dada nestes termos: ""(…) Samedi 1er mars, il m'a cependant été signalé, très peu de temps avant le bouclage de 10 h 30, qu'elle (la chronique du médiateur, ndlr) donnait une information sur notre vie interne que je n'avais pas retransmise dans les mêmes termes à toute la rédaction. Dans un moment particulier, où notre collectivité est attaquée, j'ai été, de plus, étonné que le médiateur ne m'ait pas demandé quelle était ma réponse aux lecteurs qui trouvaient que nous n'avions pas assez répondu au livre de Péan et Cohen et quelles étaient nos intentions pour les jours à venir. J'ai donc tenté de joindre Robert Solé et, n'ayant pu l'atteindre, j'ai demandé à Jean-Marie Colombani de supprimer ces quelques lignes, en laissant toute sa place aux commentaires personnels du médiateur. (…)" (É possível ler o texto completo das suas declarações). A resposta do médiateur é dada hoje, através da sua coluna com título "Après la tourmente".
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