No brasileiro Observatório da Imprensa corre uma pequena polémica em torno da proposta do Prof. Nilson Lage de suprimir os estudos das teorias da comunicação dos cursos de jornalismo (pelo menos com a orientação que ele considera predominar esses estudos). Para este professor da Universidade Federal de Santa Catarina, em vez das teorias da comunicação, valeria mais a pena abordar as perspectivas teóricas enquadradoras dos factos e ideias da segunda metade do século (vinte, supõe-se), com os quais os futuros jornalistas terão de lidar. O primeiro texto de Lage, datado de 9 de Abril, intitulava-se "A Escola Muda de perfil. Muda?". Aí defendia que, perante as necessidades que decorrem da formação de profissionais polivalentes, se deveria suprimir os estudos de comunicação, por serem "inúteis e de pouca utilidade". A resposta veio na semana seguinte. A Prof. Jussara Araújo, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, mostrou-se decepcionada com a perspectiva reducionista de Lage, afirmando que ele provavelmente não conhecida em profundidade aquilo que criticava. Na última edição do Observatório, Nilson Lage volta à carga, com o texto "Comunicação Decepcionante", no qual reforça e aprofunda a sua posição. Não é improvável que novas achegas apareçam, até porque este debate parece ter por detrás concepções diversas do que deva ser, hoje, o ensino do jornalismo.
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