Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |




Envie este post



Remember me (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.com. More...



Os jornalistas e a sedução das estatísticas Alberto Dines, escreve no último Observatório de Imprensa ("Seduções e castigos da numerologia") sobre um pedido de desculpas do jornal A Folha de São Paulo. Chamou-me a atenção o seguinte passo: "Nossa imprensa (nela compreendidos a maioria dos editores e repórteres) é basicamente indolente e/ou crédula. A "fonte" tem aqui o caráter de oráculo, divindade onisciente diante da qual o jornalista se curva, incapaz de acionar qualquer tipo de ceticismo. E quando a fonte despeja algumas cifras, dados ou estatísticas, num passe de mágica, extingue-se qualquer resistência ao que está sendo veiculado. Na origem de quase todas as nossas mazelas jornalísticas está presente uma incompreensível incapacidade para duvidar das fontes. A expressão inglesa to take for granted, aceitar como verdadeiro, poderia definir esta nossa inocência nada inocente. Servidão elementar que na última década produziu desastrosos episódios de desinformação. O culto às cifras é filho do "jornalismo declaratório", irmão da pesquisite (aquele tipo de jornalismo acoplado às sondagens de opinião) e primo do "jornalismo fiteiro" ? este, no qual uma gravação clandestina, vídeo secreto ou dossiê confidencial é jogado no colo de um jornalista que apenas os transcreve (e, no caso de gravações, por rotina, submete aos laboratórios da Unicamp para detectar eventuais manipulações de ordem técnica)". Sobre este mesmo assunto, escreve Marcelo Beraba, ombudsman da Folha: "O erro da Folha sugere algumas reflexões. Primeiro, e antes de tudo: os jornais e os jornalistas adoram relatórios e números. Se chegam, então, de agências internacionais, nem se dão ao trabalho de checá-los. Foi o que aconteceu nesse caso. Pesquisas, relatórios e estatísticas são grandes aliados do jornalismo. Ajudam a tirá-lo do impressionismo e do achismo. Mas devem ser usados com parcimônia e critérios senão causam indigestão."


1 resposta(s) para “”

  1. Blogger Unknown 

    Good post

Responder





Quem somos

» Manuel Pinto
» Helena Sousa
» Luis Antonio Santos
» Joaquim Fidalgo
» Felisbela Lopes
» Madalena Oliveira
» Sara Moutinho
» Daniela Bertocchi
» Sergio Denicoli

» E-MAIL

Últimos posts

» Um ano de televisão no "Arrêt sur images" Da...
» Quanto custa um serviço público de rádio e TV E...
» Publicidade aos telefones nos dez anos da PT Co...
» www.clubedejornalistas.pt O Clube de Jornalista...
» Festejar, com a certeza da gravata Depois dos c...
» Seminário de Estudos Culturais no Algarve Decor...
» Na morte de um lutador pela Educação para os Media...
» O que vem nas revistas da especialidade No Jour...
» Origem dos programas de um mês de TV nos quatro ca...
» Cem milhões de páginas para o depósito legal... ...

Ligações


Arquivos

» abril 2002
» maio 2002
» junho 2002
» julho 2002
» agosto 2002
» setembro 2002
» outubro 2002
» novembro 2002
» dezembro 2002
» janeiro 2003
» fevereiro 2003
» março 2003
» abril 2003
» maio 2003
» junho 2003
» julho 2003
» agosto 2003
» setembro 2003
» outubro 2003
» novembro 2003
» dezembro 2003
» janeiro 2004
» fevereiro 2004
» março 2004
» abril 2004
» maio 2004
» junho 2004
» julho 2004
» agosto 2004
» setembro 2004
» outubro 2004
» novembro 2004
» dezembro 2004
» janeiro 2005
» fevereiro 2005
» março 2005
» abril 2005
» maio 2005
» junho 2005
» julho 2005
» agosto 2005
» setembro 2005
» outubro 2005
» novembro 2005
» dezembro 2005
» janeiro 2006
» fevereiro 2006
» março 2006
» abril 2006
» maio 2006
» junho 2006
» julho 2006
» agosto 2006
» setembro 2006
» outubro 2006
» novembro 2006
» dezembro 2006
» janeiro 2007

Livros

TV do futebol

» Felisbela Lopes e Sara pereira (orgs) A TV do Futebol; Porto: Campo das Letras

» Televisão e cidadania. Contributos para o debate sobre o serviço público. Manuel Pinto (coord.), Helena Sousa, Joaquim Fidalgo, Helena Gonçalves, Felisbela Lopes, Helena Pires, Luis António Santos. 2ª edição, aumentada, Maio de 2005. Colecção Comunicação e Sociedade. Campo das Letras Editores.

» Weblogs - Diário de Bordo. António Granado, Elisabete Barbosa. Porto Editora. Colecção: Comunicação. Última Edição: Fevereiro de 2004.

» Em nome do leitor. As colunas do provedor do "Público". Joaquim Fidalgo. Coimbra: Ed. Minerva. 2004

» Outras publicações do CECS

Eventos

» Conferência: A Nova Entidade Reguladora no quadro das políticas de Comunicação em Portugal (2006)

» I Congresso Internacional sobre Comunicação e Lusofonia (2005)

» Jornadas ?Dez Anos de Jornalismo Digital em Portugal: Estado da Arte e Cenários Futuros? (2005)

» Todos os eventos







Subscribe with Bloglines


Technorati Profile Powered by Blogger and Blogger Templates