A saída de um provedor Um caso que conto no JN de hoje e que vem relatado na newsletter de Novembro da ONO - Ornganization of News Ombudsmen: "Yavuz Baydar, provedor do leitor do jornal turco Millyet e ex-presidente da ONO ? Organization of News Ombudsman, viveu recentemente uma experiência marcante: viu-se na contingência de abandonar o cargo, na sequência de um conflito que se estendeu ao longo de três meses. Na origem do conflito esteve uma ?notícia? publicada em Junho pelo Millyet, em que se contavam pormenores acerca de uma alegada reunião secreta que teria havido no Departamento de Estado norte-americano com peritos turcos e do Médio Oriente, cujo tema seria a reacção da Turquia se a cidade de Kirkuk, no Norte do Iraque viesse a ser completamente controlada pelos curdos. Haveria por detrás a presunção de que a administração Bush estaria na disposição de aceitar tal hipótese. Veio a saber-se, entretanto, que a reunião nunca chegou a ter lugar e que os supostos participantes se encontravam, no momento fixado na notícia, em sítios muito longínquos. Não foi só o Millyet que publicou sobre o assunto. Mas enquanto outros, pressionados pela embaixada dos Estados Unidos da América, acabaram por assumir o erro, aquele diário entendeu não o fazer. O provedor pegou no caso, mas viu-se pressionado quer pelo dono quer pelo director do diário e foi ele próprio quem acabou por sair, ao sentir minada a relação de confiança com o jornal a cujos quadros, de resto, pertencia. Foi, já depois disso, contratado para a mesma função por um jornal concorrente que nunca tivera provedor. O lado positivo desta história é que o Millyet não acabou com o cargo, o que significa que a Turquia passou a ter mais provedores do leitor".
0 resposta(s) para “”
Responder