Uma aposta no jornalismo A tomada de posição do Conselho de Redacção da Lusa, transcrito na íntegra nos posts de ontem, aqui em baixo, merece ser assinalado pela afirmação que constitui do que é o jornalismo e das permanentes pressões a que está sujeito. Sobre a questão central - afinal, o que é notícia - já o Blogouve-se, comentou com toda a clareza, há vários dias. Não é preciso dizer mais nada sobre esse ponto. João Paulo Meneses acrescentava um aspecto que partilho: pode ser compreensível, embora não aceitável, que um primeiro-ministro ou um político qualquer, desconhecendo os critérios jornalísticos, pretenda influir no trabalho jornalístico. O que já não é tolerável, por aquilo que indicia - e o CR da Lusa foi claríssimo na denúncia desses pontos - é que uma agência que é juridicamente "uma sociedade anónima com nove accionistas e maioria de capitais públicos" seja tomada por uma "agência oficial do Estado". E não é menos grave que o primeiro-ministro, mesmo actuando como líder partidário, recorra a ameaças do género "nós temos os nomes das pessoas, sabemos quem foram" para castigar um comportamento jornalístico neste caso absolutamente irrepreensível. Não podemos, por conseguinte, senão solidarizar-nos com a tomada de posição do Conselho de Redacção da agência e congratular-nos por haver quem continue a apostar na qualidade do trabalho jornalístico. NB - O comunicado é assinado pelo CR, o que significa que compromete a Direcção editorial.
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