Comentários às boas e péssimas coisas do jornalismo português A ler, no blogue de José Pacheco Pereira,"Boas coisas no jornalismo português em 2004, vistas por um grande (em quantidade) consumidor" e "Péssimas coisas no jornalismo português em 2004, vistas pelo mesmo". Alguns breves comentários: - Concordo, em geral, com "as péssimas coisas" (só uma nota sobre os telediários: deixaram de ser como nós os conhecíamos há, pelo menos, dois anos, em resultado de uma lógica de reality show que, nuns canais mais do que noutros, domina o prime time televisivo); - Quanto ao que diz o Abrupto acerca da importância dos livros e revistas e do programa "Clube de Jornalistas" - ligado também a uma interessante revista já com cinco anos e, desde há pouco, a um site - importa notar que começa a haver uma parte dos jornalistas que investe no estudo e na reflexão, assim como há alguns investigadores e professores que trabalham regularmente tendo a "realidade" como referente imediato; estas pontes cada vez me parecem mais decisivas; - JPP refere programas do canal Dois mas não fala do canal propriamente dito, que se apresentou, no início de Janeiro de 2004, como a grande novidade no panorama televisivo de serviço público. Reconhecendo embora alguns sinais interessantes, seria necessário perguntar em que é que se traduz hoje a retórica sobre o controlo do canal pela sociedade civil, que povoou os discursos de Morais Sarmento, ao longo de 2003. - Fica aqui um agradecimento pela inclusão deste blogue, ao lado de outros, na parte das "boas coisas".