Sobre os "pontos de chegada" de Joaquim Furtado Joaquim Furtado escreveu hoje a sua última coluna como provedor do leitor no Público, depois de um ano na função. Desde 11 de Janeiro de 2004, com "Pontos de Partida", foi um trabalho interessante de seguir. Pela parte que me toca, segui-o com particular atenção, porque sabia que tinha a aprender muito com ele. A questão do abuso das fontes confidenciais é um dos "Pontos de chegada" com que encerra o trabalho de provedor, de tonalidades moderada mas claramente positivas. O provedor do Público deixa algumas reflexões sobre a função que constituem, no quadro português, uma achega interessante: por exemplo, a defesa de um "conceito funcional mais alargado" e, correlativamente, a ideia de uma função exercida a tempo inteiro. Partilho, também, desta percepção. Espero que, no debate de terça-feira próxima, na Universidade Lusófona, tenhamos oportunidade de conversar sobre estes (e outros pontos). Não me parece que um ano seja tempo bastante, como sugere Furtado. Como experiência profissional, sim. Mas não como tempo desejável de exercício da função. Além do mais, no caso dele foi uma surpresa. É uma partida que vejo com pena. Resta a consolação da promessa da Direcção do Público de que anunciará um novo provedor do leitor tão cedo quanto possível. Esperemos que seja mais rápido do que o tempo que mediou entre o fim do mandato de Joaquim Fidalgo e o início do de Joaquim Furtado.
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