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Obter informação, mas não a qualquer preço As respostas agrestes, ou pelo menos agastadas, de António Vitorino aos jornalistas, na noite eleitoral suscitaram já diversos comentários, de sinal contrário. O texto de opinião "Jornalistas, Atenção ao Novo Governo" que sai hoje na página de Media do Público reage ao assunto de um modo que não é surpreendente. Também ouvi esses comentários. E pensei comigo que Vitorino podia dizer o que disse e fazê-lo de outro modo. Até porque o facto de processos anteriores de constituição de governos, que ocorreram em certa medida na praça pública não foram, em si mesmos, responsabilidade dos jornalistas. O dirigente do PS podia sinalizar o que pretendia, reagindo de outro modo (acresce, de resto, que já não é a primeira vez que dá sinais do mesmo tipo de reacção agastada). Mas, dito isto, é importante que regressemos ao contexto em que esses comentários foram proferidos. Nessa noite voltámos a ver, no seu mais tosco recorte, aquelas cenas deploráveis de chusmas de jornalistas a acossarem, apertarem, atropelarem quem manifestamente não pretendia falar. Fica ali escancarado um comportamento que, não sendo novo, do meu ponto de vista contribui manifestamente para minar a imagem e o respeito público da profissão: na ânsia de sacar uma palavra, um gesto, possivelmente um descontrolo de quem não pretende falar, é a selva na sua versão mais assanhada (uma que eu conheço chama-lhe a ?lógica da matilha?). Ao jornalista cabe fazer perguntas, procurar informação relevante. Mas não de qualquer modo e a qualquer preço. Há um ponto de equilíbrio a buscar entre a natural abordagem de figuras públicas, por um lado, e a pressão ou mesmo perseguição intoleráveis, por outro. As personalidades públicas, pelo facto de o serem, estão sujeitas a um escrutínio diverso do do cidadão comum. Mas não deixam de ser titulares de direitos fundamentais. De resto, se alguém diz que não quer prestar declarações e reitera essa decisão, não se compreende por que razão alguém há-de prosseguir É por isso que me parece que o texto do Público, podendo estar a tocar num ponto sensível, esquece uma questão que cada vez é mais decisiva para a credibilidade da profissão de jornalista. Como diz o título do livro de Mário de Cavalho, "era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto". ACTUALIZAÇÃO (24.2): Ler os comentários do Aviz e do Blogouve-se sobre este assunto.


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