Pelo debate alargado sobre a nova entidade de regulação dos media Desde que se começou a desenhar o cenário da entrada em cena de uma nova entidade reguladora dos media, aquando da última revisão constitucional, que defendi, nomeadamente no JN, que o assunto deveria ser objecto de um debate mais alargado na sociedade. Quer o PS quer o PSD, de quem depende, no essencial, o acordo que poderá viabilizar um novo quadro legal na matéria, nunca deram sinais de abertura nesse campo. É como se uma questão destas constituísse um mero problema jurídico-legal, reservado a especialistas e objecto de negociação nos bastidores dos dois maiores partidos. O sentido profundo da regulação está na sociedade, está nos cidadãos, pelo que deveria ser aí, também, que o debate deveria ser colocado. E há muitas formas de o fazer. Aplaudo, por conseguinte, a opinião nesse sentido manifestada por Miguel Gaspar no DN e só estranho que, até agora, o que se diz e escreve sobre a matéria quase não vá além de saber qual o perfil ou a proveniência dos elementos a escolher para a função de regulação. (A propósito: saúdo o trabalho que o DN tem publicado sobre este assunto, nomeadmente na edição de ontem. No sentido de abrir o debate que Miguel Gaspar defende, só não entendo por que é que o DN não publica na íntegra o documento de trabalho a que teve acesso, já que o Governo não o faz).
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