Sobre a atitude de "A Bola": "No pasa nada" O jornal "A Bola" decidiu pôr em prática, durante uma semana, um 'blackout' relativamente a apelos "de dirigentes, de treinadores, jogadores, de árbitros e até colunistas (...) que apelem à violência, ao desrespeito por princípios éticos desportivos (..)", manifestando-se contra uma alegada manipulação dos media para esse fim. As reacções - poucas, até agora - balançaram entre o apoio (presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas), o cepticismo (um sociólogo do desporto, citado pelo DN) e o alijar de responsabilidades (directores do "Record" e de "O Jogo"). Estes últimos publicaram depoimentos no "Correio da Manhã", nos quais procuram fazer crer que, a existir qualquer problema neste campo, ele reside em "A Bola" e não na restante imprensa desportiva, nos media, em geral, ou no universo dos clubes e respectivos adeptos. Se fosse preciso mais, esta reacção mostra que algum problema existe. Não se pode ser ingénuo perante a campanha de "A Bola". O lamento de que a decisão tem custos comerciais (embora compensados pela credibilidade asim conquistada) assinala que, no lançamento da iniciativa, houve cálculo. E não pequeno. Mas os sinais positivos nem sempre nos chegam pelos caminhos mais óbvios. E "A Bola", calculista ou não, ao lançar a "semana do futebol", veio dizer que há problemas no desporto que não são do foro desportivo e problemas no no jornalismo de desporto que não são jornalismo . O mais provável é continuarmos a fazer de conta. Até ao dia em que... (De destacar: o acompanhamento deste assunto no Blogouve-se).
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