Algumas notas soltas dos últimos dias * O texto de Mário Mesquita "Quando a opinião se revolta contra os seus donos", no Público de ontem, merece ser guardado, entre outras razões, para recordar que os caminhos que influenciam as posições e os comportamentos dos cidadãos nem sempre seguem pelas auto-estradas dos nossos lugares comuns. * O caso da auto-revelação da identidade do "Garganta Funda", para além de todos os outros significados, mostra de forma eloquente o que pode representar para o interesse público a confidencialidade das fontes e, inerentemente, a fidelidade dos jornalistas à palavra dada. Em tempos de más-notícias para o jornalismo, eis um caso positivo a registar. * Afinal, tudo somado, ainda vamos ter de concluir que a história da Newsweek sobre o abuso do Corão em Guantánamo tinha mais substância do que os próprios responsáveis da revsita vieram fazer crer, sob o compressor da Casa Branca (cf. "Pentágono reconhece incidentes com o Corão em Guantánamo", de Pedro Caldeira Rodrigues). * A peça "Homilia marcelista, entrevista vitoriana", de Eduardo Cintra Torres, na edição desta semana do "Olho Vivo", agora aos domingos, constitui um excelente contributo para o estudo do fenómeno dos comentadores políticos em Portugal e, em particular, do caso Marcelo Rebelo de Sousa. * No campo do jornalismo digital, vamos ter, possivelmente ainda este mês, o Expreso-África, um novo "produto" jornalístico do Expresso. Por outro lado, o JN planeia fazer pagar o acesso à sua edição online. As informações surgiram em Braga, nas Jornadas sobre os " Dez anos de Jornalismo Digital". (Nota: o acesso aos textos do Público é reservado a assinantes).
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