Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |



A 'delegação' da Universidade do Minho está já na cidade do Cairo onde participa, a partir de hoje, na 25ª Conferência da IAMCR . (Na foto, parte do grupo de 9 investigadores do CECS junto ao edifício da American University of Cairo, sede do evento). Comunicações a apresentar:

  • Madalena Oliveira - "Ombudsman for Public Radio and TV Broadcasters: the Portugues experience"
  • Joaquim Fidalgo - "Professional Knowledge: Beyond the Opposition of Theory and Practice"
  • Luis Santos / Manuel Pinto - "Weblogs as Journalism Watchdogs: a Portuguese Example" (o exemplo das 'micro-causas')
  • Manuel Pinto / Helena Sousa - "Re-Equating Power: The Emergence of Citizen Based Observatories"
  • Sandra Marinho / Manuel Pinto - "Does Journalism Education make a Difference?: A Case Study of Journalism Students' Media Usage Habits and Practices"
  • Anabela Carvalho - "Communicating Climate Change: Social Actors and Strategies"
  • Sara Pereira - "Strawberries with Sugar: A Study of 6/10 years old Children Reception of a Portuguese TV Soap Opera"
  • Rosa Cabecinhas / Alexandra Lázaro / Anabela Carvalho - "Lay Representations on Climate Change"
  • Zara Pinto-Coelho / Silvana Mota Ribeiro - "Sex, Gender, and Ads: Analyzing Visual Images and their Social Effects"
Do programa constam mais algumas comunicações de investigadores portugueses, embora até ao momento não tenhamos localizado nenhum dos autores.

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A conferência anual da IAMCR está ainda a começar. Por isso, neste primeiro post egípcio transcrevemos apenas uns alertas da folha informativa de ontem da American University in Cairo: «RED LIGHT: they?re virtually non-existent and no one stops for them. Take care whether you?re in a taxi or walking. Look both ways before crossing a street and then look again. Traffic moves backward in Cairo nearly as often as it moves forward. Look carefully at cars you think are parked. They are frequently still moving or are being moved. Parking is a fluid process in Cairo; never stand between parked cars, even if there is room. NEVER cross the street in front of a city bus or, especially, a mini-bus. Many have no brakes, which is why they don?t stop to let passengers on or off. Watch out for horse- or mule-drawn carts, breadsellers on bicycles, death-wish delivery motorcyclists, pushcart vendors collection scraps or selling fruit and even the zabaleen (garbage cleaners) sweeping the streets. It?s their street too. Remember that most cars will at least slow down to let you cross if you turn the palm of the hand facing traffic toward them. It?s a universal Cairo signal to let someone cross. If a driver flashes the headlights at you, he?s telling you he won?t slow down to let you cross. Back off and try again. Pay no attention to traffic lights or signs. Do what the Egyptians around you are doing.» Isto diz muito de uma cidade onde vivem 16 milhões de pessoas e onde se vive de noite com a mesma intensidade que de dia!

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Nos próximos dias, a aprendizagem far-se-á na conferência da International Association of Media and Communication Research. A actualização do blogue andará ao sabor das possibilidades e das circunstâncias. Depois, segue-se um período de férias.

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O Jornal de Notícias, com as especiais responsabilidades que lhe cabem, no quadro da Imprensa em Portugal, tem vindo, nos últimos dias, a escrever de forma repetida e contumaz o nome da criança de Viseu, a propósito do julgamento dos pais, acusados de sevícias e maus tratos. O caso do JN é particularmente grave, visto ter havido, pelos mesmos motivos, uma intervenção do seu provedor do leitor, em Dezembro último, e ter sido dada, na altura, pela Direcção do diário, uma orientação no sentido de esta prática não voltar a repetir-se. Fica aqui a recordação de parte daquilo que o próprio jornal publicou em 8 de Janeiro passado, na coluna do provedor (que - para o caso pouco importa - era o subscritor deste post):

"Por haver, nesta matéria, aspectos relacionados com a orientação editorial, o provedor quis conhecer igualmente a posição da Direcção do JN. O director-adjunto David Pontes, depois de ouvir os editores mais directamente envolvidos no processo, confirma, em traços gerais, o que refere o jornalista citado: que o facto de o nome da vítima ter sido 2profusamente divulgado por outros órgãos de comunicação social, nomeadamente pela televisão" levou a que se considerasse não fazer sentido a reserva por parte do JN. Acrescenta, no entanto: "Não foi, na opinião desta Direcção, o juízo mais correcto. De facto, estando a criança viva, não faz qualquer sentido não manter a reserva do nome, mesmo tendo ele sido erradamente divulgado por outros. Daí que, logo que fomos alertados para o facto, tenha sido acordado entre todos retirar o nome da vítima de futuras peças e tomar o máximo de atenção em casos similares que venhamos a noticiar".

E ainda:

"O comportamento do Jornal de Notícias, neste caso, merece reprovação por dois motivos: em primeiro lugar, por ter-se servido do argumento da infracção alheia para também infringir, numa matéria em que está em causa um direito fundamental da pessoa humana; em segundo lugar, por não terem funcionado mecanismos de alerta e de mudança de comportamento".

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"Ser jornalista é, antes de mais, pensar. Tentar perceber, encontrar pontes, pontos de ancoragem, entre o que surge como objecto e uma perspectiva própria. Filtrar em si aquilo que se noticia ou reporta, verter a voz no que faz". Fernanda Câncio, Para que serve um jornal, DN, 21.7.2006 "A TV dá notícias pela rama, elegendo o sensacionalismo em detrimento da profundidade e da reflexão e apostando tudo na força das imagens? Eis os jornais a diminuir o tamanho dos textos, a segmentá-los em pedacinhos mais deglutíveis, a carregar-se de fotos e infografias como se esse mimetismo não fizesse mais que assumir e apressar a derrota. As pessoas estão cada vez mais ignorantes e lêem cada vez menos? Dêmos-lhes cada vez menos que pensar e menos que ler". Idem, Ibid.

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O Professor Roger Silverstone, do Departamento de Media e Comunicação da London School of Economics e um dos grandes especialistas internacionais dos media faleceu no passado domingo, na sequência de complicações surgidas após uma operação cirúrgica. Silverstone é autor de numerosos livros, traduzidos em diferentes idiomas, designadamente Television and Everyday Life (Routledge, 1994) (traduzido em quatro línguas), Why Study the Media? (1999) (traduzido em dez línguas, entre as quais português). No primeiro destes volumes, tem um capítulo notável, no qual recorre à análise da televisão apoiado nos contributos de autores da psicanálise pós-freudiana (Fairbairn, Klein e, sobretudo Winnicott), desenvolvendo a ideia de que a TV poderia ser analisada como um "objecto transitivo".

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Além do prémio à excelência, uma das novidades dos prémios Gazeta de 2006 reside no significativo facto de eles terem sido atribuídos a jornalistas mulheres. É também novidade o facto de o prémio revelação ter sido atribuido a uma free lancer. Quatro das premiadas vão estar hoje na Dois para falarem dos seus trabalhos e da sua vida profissional, no programa Clube de Jornalistas: Edite Soeiro ("Visão"), prémio Gazeta de Mérito; Alexandra Lucas Coelho ("Público") e Cândida Pinto ("Expresso" e SIC), Grande Prémio Gazeta; e Inês de Almeida (free lancer), prémio Gazeta Revelação. Ribeiro Cardoso é o moderador. O programa conta, também, com um depoimento de Helder Nunes, director do "Barlavento", semanário algarvio que ganhou o prémio Gazeta Imprensa Regional.

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O debate sobre o jornalismo cidadão e o poder dos blogues virou banda desenhada. O jornalista Anthony Lappé desenvolveu uma história que acontece em 2011 e narra as aventuras do blogueiro Jimmy Burns, que filma com seu telemóvel um atentado terrorista que explode o próprio prédio onde morava. O vídeo ganha dimensão mundial, o blogueiro torna-se conhecido e vai para o Iraque acompanhar a guerra. O texto é irónico e traz uma visão pessimista sobre os desdobramentos da era Bush. O autor aborda no formato BD o debate sobre a comunicação no futuro próximo, onde a possibilidade de qualquer pessoa publicar informações multimédia na Internet está ainda mais difundida. As ilustrações são de Dan Goldman. Confira no site smithmag.net.

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Acaba de ser lançado nos Estados Unidos o livro The Long Tail, do jornalista Chris Anderson. A obra procura explicar os efeitos da Internet sobre os gigantes da comunicação e desenvolve teorias sobre o tema. Para o autor, a crise na imprensa europeia e americana tem entre as principais causas pequenas iniciativas como blogues, páginas pessoais, podcasts e vídeocasts. A dica é de Carlos Castilho, do blogue Código Aberto.

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Inadmissível. É isto que, no mínimo, devemos dizer do que a comunicação social (de um modo generalizado) tem feito com a criança de Viseu - que toda a gente lembrará sempre não só pelos abusos e violências de que foi vítima como também pelo nome próprio. Depois de já por várias vezes se ter gritado contra esta insensibilidade que é a revelação do nome próprio de menores abusados (até o provedor do Público escreveu sobre isso - em 2 de Julho passado), é mesmo assim que a comunicação social se volta a referir à menina de Viseu: pelo nome próprio. Sem qualquer pudor, o Correio da Manhã repete, hoje (dia em que começa, em Coimbra, o julgamento dos pais) o nome da criança pelo menos 4 vezes num só texto (inclusive em título). Intolerável. É talvez demasiado branda esta classificação para o que sugeriu Isabel Stilwell, na Notícias Magazine, de sábado passado, sobre este caso da bebé de Viseu. Apesar de admitir que «a lei e a ética mandam que não se utilize o verdadeiro nome de uma criança e essa é uma regra que acolhemos», Isabel Stilwell ousa repetir, num texto de uns 2 ou 3 mil caracteres, pelo menos uma boa meia dúzia de vezes o nome da bebé. Além disso, atreve-se (é mesmo isso que faz, um atrevimento) a sugerir que «o tribunal aproveite este preciso momento para lhe mudar imediatamente o nome, uma possiblidade que a lei prevê. Para que a sua vida comece realmente de novo.» Não é isto "chutar" para o tribunal a correcção de um erro que os jornalistas tinham o dever de ter evitado? Não é isto uma hipocrisia, sem qualquer sentido de responsabilidade pelo que se acaba de fazer ao longo de um texto de uns 2 ou 3 mil caracteres em que se repete o erro pelo menos uma meia dúzia de vezes? Era bom que o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas (e se calhar a ERC também) se pronunciassem sobre estes procedimentos e "descaramentos" de profissionais da informação.

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«De um modo geral, os jornalistas não amam o provedor. Serem criticados ou censurados pelo provedor nas páginas do "seu jornal" é encarado, normalmente, como humilhação pública.» «Faço parte da minoria dos jornalistas que pensam haver um crescente divórcio entre jornalismo e sociedade. Algo que não transparece nos jornais ou nos inquéritos de opinião porque, como corporação que são, os jornalistas não se questionam muito a si próprios e, se o fazem, não o transferem muito para o conhecimento do leitor. Que diabo!, admitir pública e sistematicamente o erro seria injectar no leitor a dúvida sobre a credibilidade do jornalismo e dos media - algo que, além do mais, seria comercialmente desastroso.» «Se os jornalistas tivessem obrigatoriamente de estar "do outro lado", apenas algumas semanas, teriam a exacta noção da crueldade irreversível de uma notícia errada ou mal defendida, ética ou deontologicamente; se os leitores pudessem estar, por uns dias, ao lado do jornalista decerto compreenderiam melhor a sua missão e a terrível "tensão permanente entre a incerteza e a exactidão"...»

José Manuel Barroso, in "Compreender o jornalismo e o leitor", DN

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"Creo que el periodismo escrito es la última gran reserva que nos queda en materia comunicacional. Veo con mucha preocupación a la televisión aunque no llego a la posición catastrófica de mi colega Giovanni Sartori, que escribió 'Homo Videns. La sociedad teledirigida', donde describe a un ser pegado a una pantalla que le maneja sus instintos básicos y no mucho más, pero creo que el imperio de la imagen es negativo. La radio es un medio de comunicación acotado por espacios muy restringidos. En cambio la prensa escrita, pese a la diferencia de calidad que hay en ella, es el único lugar en el cual se logra una opinión crítica de lo que se lee y procesa en esa lectura. Yo creo que la prensa escrita tiene que ser incentivada y perfeccionada contra viento y marea porque es la que, en primer lugar, sigue manteniendo los criterios de racionalidad y, en segundo lugar, es la que sigue planteando la agenda cotidiana de la comunicación ciudadana". Natalio Botana, politólogo e jornalista, in Territorio Digital.com

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  • Citizen Journalism Event - A 7 de Agosto, Dan Gillmor, director do Center for Citizen Media, reúne cerca de uma centena de especialistas para um "brain storming" sobre o "jornalismo dos cidadãos (princípios, técnicas, ferramentas, modelos de negócio, etc.
  • Citizen journalists infiltrate newsrooms, de Christian Bringhurst, no News Review.info - "One of the most common complaints in newsrooms these days are shrinking budgets, which limit how much news gets covered. Open up the reporting process to a community full of open eyes and ears, and you?ve just expanded your news-gathering team into a veritable army".
  • Exporting Citizen Journalism: Sites in Denmark and Israel demonstrate that OhmyNews model is spreading, artigo de Ronda Hauben no jornal OhmyNews.
  • Worldwide Initiatives Make Citizen Journalism a Reality, de Pierre Joo, no OhmyNews- "Some events coverage may be biased by mainstream media, others are little covered - if at all".
  • Citizen journalists get rewarded (BBC News) - Increasingly the well-known pictures of significant events around the world, such as the bombings in London on 7 July 2005, are coming from citizens rather than professional photographers.

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Terça e quarta-feira, em San Francisco (EUA) e Sidney (Austrália), respectivamente, líderes das indústrias mundiais de media participam na Cimeira de 2006 de "Future of Media". Disponível encontra-se já um relatório de base e uma série de podcasts dos intervenientes nestas duas duas jornadas da Cimeira.

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O "Olho Vivo" de Eduardo Cintra Torres, no Público de hoje, pega no caso Maria João Avillez para observar que "esta poderia ser uma oportunidade para se debater a crescente dificuldade do jornalismo em distinguir-se da divulgação ou até da publicidade". E, considerando que o caso em si não é "excessivamente grrrave", chama a atenção para uma série de outras situações, envolvendo até a mesma Maria João Avillez, "num país em que jornalistas apresentam reality shows, em que manequins são actores ou apresentam notícias, em que apresentadores saem directamente dos noticiários para empresas de 'comunicação', em que magazines são apresentados por pessoas que fazem publicidade, em que talk-shows são mostruários de produtos e serviços dos amigos dos apresentadores". "Sobre isto nem a Comissão da Carteira nem os papas da deontologia têm uma palavra a dizer", remata o crítico.

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A peça da jornalista Maria Lopes, no Público de hoje, intitula-se"'Desinteresse' dos jornalistas ofusca Comissão da Carteira" (acesso reservado a assinantes). Confesso que não vejo, na matéria tratada, base bastante para título tão assertivo. O motivo do texto é a decisão da Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas de solicitar a Maria João Avillez que entregue a sua carteira, visto o seu nome aparecer ligado a uma campanha publicitária, actividade vedada aos jornalistas quer pela lei quer pela deontologia. Importaria saber: a Comissão agiu bem? Agiu por iniciativa própria? Agiu em função de queixa? Costuma actuar do mesmo modo em circunstâncias idênticas? O caso Maria João Avillez suscita algum problema com a Comissão da Carteira? Com as funções que tem hoje essa Comissão, seria esperável um grande interesse pelo seu trabalho quando a esmagadora maioria dos jornalistas tem com ela uma relação que se limita a revalidar o título profissional de dois em dois anos? E como é que, com o eventual maior interesse, a Comissão sairia menos ofuscada? Ficam as perguntas.

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A ler: "The End of Advertising and Media as We Have Known It", artigo de Dave Morgan, da Advertising Age. Coloca a questão de saber se, com a Internet, as possibilidades da publicidade apenas se alargam a um novo meio ou se, pelo contrário, é a própria publicidade que é posta em causa, com a revolução digital.

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«... há nos blogues uma questão de tempo. Eles são feitos de uma espécie de fantasma que é reduzir de tal modo o tempo das coisas que a sua repercussão acabasse a fazer parte delas próprias. Não se comenta: está-se no interior das coisas.» «Do ponto de vista do jornalismo, os blogues situam-se neste plano. Eles são simultanemente actos públicos de informação e comunicação e ao mesmo tempo reacções quase adolescentes de expressividade. São formas institucionais e são vida. E não pretendem que estes dois aspectos se distingam.»

Eduardo Prado Coelho, in Público [14 de Julho de 2006]

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A campanha de publicidade a que Maria João Avillez empresta o seu nome obriga-a a entregar a carteira e - aqui está o busilis - a suspender o exercício do jornalismo. Mas ela diz que não sabe se está a violar qualquer legislação. E remete explicações para o seu advogado, José Miguel Júdice. Este, por sua vez, citado no Público de hoje, considera que "não há nenhuma obrigação para entregar a carteira profissional porque aquele texto não é publicidade". E acrescenta este preciosismo de jurista: "Que há ali publicidade [nas duas páginas da revista Única], não há dúvidas, agora a crónica que a jornalista escreveu é que não é publicidade". Que pretenderá Maria João Avillez que pensemos? E sobre o tratamento deste assunto nos media, sugiro um exercício: pensem no que aconteceria se algo de idêntico se passasse com um político muito conhecido.

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  • Thierry Crouzet, Internet comme territoire: "Selon le Robert, un média est un procédé de transmission massive de l'information. Je suis d'accord. Internet est bien un média, et même un média de masse. Il participe au quatrième pouvoir, lui donnant de nouvelles armes, notamment l'interactivité. Mais Internet n'est pas seulement un média, c'est avant tout un territoire".
  • Dante Chinni, When media aims for balance, some views and facts get lost: "All opinions and points of view aren't equal when one digs into the facts.(...) Balance is one of those issues that seems simple on the surface, but gets more complicated as you look at it more deeply".
  • Kaiser Family Foundation, The Media Family: Electronic Media in the Lives of Infants, Toddlers, Preschoolers, and Their Parents: "Electronic media is a central focus of many very young children's lives, used by parents to help manage busy schedules, keep the peace, and facilitate family routines such as eating, relaxing, and falling asleep (...). Many parents also express satisfaction with the educational benefits of TV and how it can teach positive behaviors".
  • Fake TV News: Widespread and Undisclosed: Many television news stations, including some from the nation's largest markets, are continuing to broadcast reports as news without disclosing that the segments were produced by corporations pitching new products, according to a report to be released today by the Center for Media and Democracy (Via: Benton.org).

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Na secção de Sociedade, o Público titula hoje assim: "Andorra não aceita portugueses que bebem". O corpo da notícia não diz bem isto. Aliás, parece-me até um enviesamento esta formulação do título. O que se diz logo no primeiro parágrafo é que "Ter hepatite, HIV/sida, ser obeso ou alcoólico podem ser motivos para o Governo de Andorra não autorizar a residência a imigrantes." Mais adiante, explica-se, de facto, que esta autorização foi recusada a três portugueses por causa de problemas relacionados com o álcool. Contudo, atendendo ao lead, Andorra não aceitaria portugueses que bebem (demais, entenda-se), que têm hepatite, HIV/Sida ou que sejam obesos... como, de resto, parece fazer relativamente a todas as outras nacionalidades. Discriminar assim em título distorce os factos.

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O Correio da Manhã volta hoje a violar flagrantemente o Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses que obriga moralmente a não identificar crianças vítimas de crimes sexuais. Duas agravantes para este caso: o facto de ele acontecer depois de múltiplas denúncias precisamente sobre o mesmo caso referenciado na peça, aparentemente sem efeito; e o facto de acontecer numa matéria sobre a iniciativa do presidente da República precisamente sobre os maus tratos infantis. Andará tudo a dormir? (A propósito: o projecto de novo Estatuto do Jornalista parece-me não acautelar devidamente os direitos das crianças, nesta matéria; avança um pouco sobre o estatuto em vigor, mas fica aquém do que é exigível, numa matéria que não admite tergiversações) ACT.12/7: No Telejornal de hoje, na RTP1, num trabalho sobre maus tratos sobre as crianças, também o canal público foi lá ao lugar do crime espetar a sua facada na bebé de Viseu, revelando ao mundo, pela enésima vez, o nome da bebé.

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Os 1574 mil residentes no Continente com 4 e mais anos que navegaram na internet a partir de casa, de Janeiro a Junho, gastaram mais 30,8 % de tempo nesta actividade do que em período homólogo do ano passado. Os dados do Net-panel, que vêm na última newsletter da Marktest, equivalem ao tempo de uma hora diária por utilizador.

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Gustavo Cardoso já deu sinais à frente do OberCom (Observatório da Comunicação). O novo site da instituição está já consultável, embora não ainda completo. Através do plano de acção, é possível antever o que o Observatório vai fazer nos próximos tempos: "Na criação de dossiers temáticos, para publicação em 2006 e 2007, o OberCom pretende desenvolver actividades de aprofundamento de análise de públicos, mercados e dimensões financeiras. Entre várias propostas temáticas encontram-se: Perfis e Dietas dos Públicos de Media em Portugal: rádio, jornais e TV; Jornalistas e Gestão de Novas Tecnologias de Informação; Conteúdos Online e Offline: rádio, TV e jornais; Telemóveis e Mobilidade em Portugal: mercados emergentes; A Internet e o Cinema em Portugal: mudanças em mercados e públicos; Música e Digitalização: prospectiva de novos mercados e públicos; Portugal e o Uso da Internet (World Internet Project); Jogos de Consola e PC: mercados e público; Televisão, Notícias e Entretenimento: tipologia de consumos; Zapping e o Consumo Informativo; Tendências Empresariais de Mercado e Audiências 1999-2004; Rentabilidade e Gestão no Sector da Rádio em Portugal; Rentabilidade e Gestão no Sector da Televisão em Portugal; Rentabilidade e Gestão no Sector da Imprensa em Portugal; Publicidade e Mercado Publicitário; Prospectiva e Análise do Mercado de Televisão Digital em Portugal; Prospectiva e Análise do Mercado de Jornais Pagos e Não Pagos em Portugal". O OberCom é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, cujo objectivo central é "a produção e difusão de informação, bem como a realização de estudos e trabalhos de investigação que contribuam para o melhor conhecimento na área da comunicação. Foi constituído com o objectivo de suprir a "dificuldade na recolha e tratamento da informação específica no sector dos Media e da Comunicação".

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O japonês (com 32%) domina nas línguas da blogosfera, seguido do inglês (31%) e, a bastante distância do chinês (17%), de acordo com dados citados pelo blog El Navegante do jornal El Mundo. Os dados constam do estudo eEspana 2005, elaborado pela Fundación France Telecom España. De acordo com os dados, o português surge a par do espanhol e do italiano e ligeiramente à frente do francês e do russo.

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O director do Público, José Manuel Fernandes, escreveu uma carta aos jornalistas do diário, na qual defende a premência de uma refundação do jornal. "É necessário pôr tudo em causa e pensar tudo de novo. Tudo e em todos os sectores", sublinha. A carta, que considero muito interessante, foi publicada pelo site do Clube de Jornalistas e merece, de facto, ser conhecida. Penso que José Manuel Fernandes toca nas questões essenciais (cito mais abaixo algumas perguntas de entre aquelas com que, na missiva, confronta os seus colegas de profissão). Como leitores e como cidadãos, esperamos pelos resultados da "convocação" do director do Público e desejamos que surjam ideias inovadoras e viáveis, que abram uma nova e criativa etapa na vida do jornal. Há, contudo, um ponto essencial que representa poderoso handicap neste louvável propósito de repensar o diário. José Manuel Fernandes, ao escrever aos seus colegas, faz deles os interlocutores privilegiados para o empreendimento a que se propõe. E são-no seguramente. Mas não são os únicos. Os leitores deveriam ter também uma palavra decisiva a dizer. "(...) [N]ão mudámos tanto como o mundo e o país mudaram nestes 16 anos, antes nos acomodámos a rotinas e criámos hábitos que não nos permitiram fazer a pergunta essencial: é o Público que fazemos o Público que os leitores querem?" , interroga-se José Manuel Fernandes. E que Público é que os leitores querem? É a pergunta que podemos e devemos fazer e que os responsáveis daquele diário deveriam querer escutar. Se há linha claríssima que se recorta nas mudanças observáveis nos media, nos últimos cinco anos (para não ir mais longe) é precisamente esta auscultação e esta conversação com o público que não pode ser visto nem como mera clientela, nem como massa desprovida de ideias. Pode ser demagógico falar assim dos "leitores" ou dos "públicos" em abstracto. Mas é possível identificar rostos - de pessoas, de instituições, de pontos de vista - nesse público. Se assim é, porque é que o Público, ao pretender colocar-se em questão, não leva o seu exercício mais longe e coloca a questão ao público? As perguntas do director do Público (por que diabo hão ser dirigidas apenas aos jornalistas?):

  • É o PÚBLICO que fazemos o PÚBLICO que os leitores querem?
  • Era este PÚBLICO que faríamos se o PÚBLICO não existisse?
  • Era esta a estrutura que teríamos, ou que queremos ter, para fazer o novo jornal que inevitavelmente teremos de fazer?
  • Com tudo o que mudou nas tecnologias que utilizamos, faz sentido manter rotinas e estruturas quase idênticas às de há 16 anos, hábitos de que nós próprios estamos saturados?
  • Alguém dá dinheiro por um jornal que repete o noticiário da véspera e depende demasiado de fontes oficiais para ter boas manchetes?
  • Não seria muito melhor dar em 500 caracteres à rotina das agências e apostarmos antes em temas que nenhuma televisão, nenhuma rádio, nenhum blogue jamais tratarão como nós?
  • Porque é que perdemos tempo a fazer, fazer, fazer, e não temos tempo para pensar como é que havemos de fazer diferente?
  • De todas as notícias que publicamos, quantas merecem realmente o espaço que lhes damos? Que ideias realmente diferentes é que não tivemos? Quantas fotografias não estão lá apenas a encher espaço para 'compor' a página?

Sobre o mesmo assunto, ler também:

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Estão abertas até ao próximo dia 31 as inscrições para o Curso de Mestrado em Informação e Jornalismo (uma das especializações dos cursos de pós-graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Minho). O Curso funcionará no ano lectivo de 2006-2007 (parte lectiva), em princípio às sextas-feiras (todo o dia) e sábado (manhã). Uma das novidades, nesta nova edição, será a activação da cadeira de Jornalismo Digital. Recorde-se que este blogue nasceu precisamente no âmbito deste curso de mestrado, numa aula de Sociologia das Fontes Jornalísticas. Informação complementar: - Regulamento do Curso - Plano de estudos - Boletim de candidatura - Contacto: tel. 253604280/1. Mail: secposgrad@ics.uminho.pt

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A jornalista Ana Machado toca hoje num assunto importante, na página de Media do Público: o arquivo audiovisual da RTP. Dois ou três comentários breves: - A política de acesso ao arquivo - seja da RTP seja de outros operadores privados - deveria contemplar dois tipos de situações completamente diversas: ter fins lucrativos ou não ter; e, entre estes últimos, distinguir entre o uso individual ou privado e o acesso para fins de investigação, devidamente comprovados (e com o compromisso de disponibilizar publicamente os resultados). A actual situação é altamente lesiva do direito e do dever de estudar a televisão e o país através daquele arquivo. - Sugiro a Ana Machado que faça agora o mesmo trabalho junto da SIC e da TVI, para conhecer qual a política e a situação real dos respectivos arquivo. Era interessante saber se existem, em que condições e quais as modalidades de acesso. Não quero crer que não existam, porque isso seria um atentado à nossa memória colectiva. - Questão com carácter mais geral, que mexe com as políticas culturais do país: estando a correr o processo de digitalização e de acesso digital ao arquivo da RTP, não era necessário pensar o problema num plano mais vsto que envolvesse o operador público e os operadores privados? As peças do Público (acessíveis a assinantes): - Arquivo audiovisual da RTP tem 10 por cento de utilizadores externos - "No arquivo não estão muito receptivos à investigação" - À espera da revolução digital

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Os tempos não vão fáceis para os media em França (e não só). Depois da pressão do patrão do Libération para a saída do director e fundador Serge July e da greve no Paris Match por alegada presão ministerial para o abandono do respectivo director, a France Culture acaba de anunciar a intenção de retirar da grelha o único programa semanal que analisava os media. Trata-se do programa 'Le premier pouvoir", da responsabilidade da jornalista Elisabeth Lévy, por sinal um programa de sucesso, do ponto de vista das audiências. Mas que ousou mexer em dossiers escaldantes como (Dieudonné, Gaymard ou Clearstream...) que mexem com poderosíssimos interesses não apenas na sociedade e na vida política e económica francesa. A justificação do patrão da France Culture para esta decisão é que não deixa de ser significativa. Em declarações prestadas ao site do Nouvel Observateur Le Quotidien novelobs.com explica:

[Une] "émission hebdomadaire sur les médias ne permet pas d?entretenir un rapport rationnel à l?actualité, et se trouve nécessairement prise dans le tourbillon de l?immédiateté (...).Je reconnais que cette émission était très écoutée. (...) Mais l?audience n?est pas le critère essentiel de France-Culture. Notre priorité est la cohérence des programmes et la définition des sujets qui ont de l?importance. Il y a des sujets dont on ne parle jamais: l?économie de la culture, par exemple. Je compte y remédier prochainement."
O site referido interroga-se com notória pertinência: "É possível anaisar e criticar os media nos próprios media?"

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Já repararam que o documento da Entidade Reguladora para a Comunicação Social que renova as licenças da SIC e da TVI e introduz um caderno de encargos para o futuro já foi publicado há mais de 15 dias e ainda nenhuma das empresas reagiu oficialmente até este momento? A TVI dá hoje um primeiro sinal do seu ponto de vista, através de um extenso texto ("As mal amadas") escrito a título pessoal pelo director-geral do canal, José Eduardo Moniz, e publicado no Correio da Manhã. No essencial, Moniz revela uma acentuada auto-satisfação com o que os operadores privados têm vindo a fazer e mostra-se partidário de um liberalismo total. Os canais deveriam funcionar sem qualquer outro escrutínio que não fosse o do mercado. O parágrafo seguinte expressa bem o seu pensamento: "O percurso dos operadores privados deve, pois, a meu ver, ser encarado numa lógica positiva e não com a perspectiva céptica, derrotista e controleira com que alguns, baseando-se em ideias expressas num documento que - queremos crer - estará, acima de tudo, recheado de boas intenções por parte dos seus autores, pretendem ver reinstalada a lógica dirigista que de forma tão nefasta marcou a nossa sociedade durante anos e anos". Ou seja, parece haver uma vontade implícita de não questionar frontalmente as posições da ERC, mas de se insurgir contra aqueles que, baseados no documento por ela produzido, gostariam que as posições sobre os operadores privados tivessem tido um cunho sancionatório e mais radical. Como acontece, na mesma edição de hoje do Correio, com a posição de Francisco Rui Cádima (cf. "Regulador poderia ter ido mais longe"). ACT. (8/7): O mesmo Correio da Manhã publica hoje uma peça ("Em desacordo com Moniz"), em que várias individualidades comentam criticamente as opiniões de Moniz. Cito a do crítico de televisão Eduardo Cintra Torres: ?José Eduardo Moniz diz pouca coisa e o pouco que diz não é novo. Quem trabalha na televisão privada é que perecebe da poda. Só eles entendem que o mundo muda e nós somos burros por querermos que respeitem os compromissos por eles próprios assumidos. (...) O que Moniz pretende é que não haja controlo por parte da sociedade sobre um compromisso assumido com o Estado. Com o seu artigo, onde diz claramente que não quer assumir os compromissos, ele pretende obter carta branca".

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O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas considera - em parecer hoje divulgado - que a reportagem televisiva intitulada "Quando a violência vai à escola", emitida no final de Maio pela RTP, "não pode ser legitimamente caracterizada de má fé, de instrumentalização de menores, de violação dos preceitos deontológicos e de motivações ou induções de natureza xenófoba e racista". Considera ainda que a reportagem "constitui um documento oportuno sobre uma situação social perigosa que atinge numerosas escolas, motivo por que é louvável este trabalho de serviço público". O parecer foi emitido em resposta a uma queixa apresentada pela Direcção Regional de Educação de Lisboa.

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As palavras "Google" e "Googling" vão ser dicionarizadas ainda este ano segundo informação prestada pela conhecida marca Merriam-Webster, que já se havia distinguido por introduzir o termo "weblog" e "blog". A informação foi ontem divulgada pelo site da Bloomberg.com . "To Google" significará "to use the Google search engine to obtain information about (as a person) on the World Wide Web". Os donos do Google temem que o uso indiscriminado do termo para qualquer utilização de qualquer motor de pesquisa leve à perda da protecção da marca. Daí que a definição do conceito limite o campo de sentido ao uso do seu próprio motor. E em português como se há-de dizer? Esperemos que não o horrível "guglar". ACT.: Afinal o Oxford English Dictionnary inclui o verbo "to google" desde 15 de Junho último.

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Transcrevo de um "press release" de hoje, da empresa Memorandum (aposto que não haverá um único órgão de comunicação social de característica generalista que trate esta informação): "A notoriedade do Rock in Rio Lisboa, junto das populações de Lisboa e Porto, atingiu em Junho um índice perto dos 100%, resultante, em grande parte, da veiculação, no período compreendido entre Janeiro de 2005 e Junho de 2006, de cerca de 3.000 notícias e quase 7.000 inserções publicitárias, na Imprensa, Televisão e Rádio, que ocuparam um espaço mediático equivalente a cerca de 113 milhões de euros (quantificados a custos de tabela de publicidade). Este AEV (Advertising Equivalence Value) foi ligeiramente superior ao alcançado na edição de 2004 - 104 milhões de euros, e, apesar dos investimentos publicitários de iniciativa da organização do RiR serem idênticos nas duas edições do evento, o RiR 2006 conseguiu um maior espaço de comunicação editorial. A comunicação social e a publicidade foram o principal veículo de divulgação do evento, reconhecido por 62% dos inquiridos como os meios por onde tiveram conhecimento sobre o evento.(...)"

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Capas de 'O Jogo' de ontem e de hoje (via Blasfémias). Embora distintas no registo, constituem bons motivos de reflexão e análise.

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"Moralmente repugnante". Assim classifica, em título, o site da Câmara Municipal do Porto, a coluna de ontem de Joaquim Fidalgo, no Público, intitulada Boa memória. O motivo do texto de Fidalgo era uma notícia do mesmo jornal, na qual se dava a conhecer que, nos protocolos de financiamento da autarquia municipal portuense, se passava a exigir que as instituições financiadas não criticassem publicamente a Câmara (para conhecer a posição da edilidade, cf. comunicado CMP desmente o Público). Na coluna de ontem, Fidalgo escrevia sob a forma de carta a um amigo e antigo colega seu do jornalismo, que faleceu precocemente, e que foi também , por sinal, um grande amigo de infância de Rui Rio, para sublinhar que, apesar da amizade, um acto como o do agora autarca do Porto nunca deixaria de merecer a discordância daquele amigo. O presidente da Câmara do Porto não gostou e escreveu, ou mandou escrever, a tal reposta considerando o artigo de Fidalgo "moralmente repugnante". Conhecendo o autor do texto, fui ver o que havia de repugnante. O que se conclui é que doeu a Rui Rio que o colunista do Público tenha invocado um amigo comum. Compreensível. Mas é numa pequena frase que muito se revela o que aqui está em jogo: Rio questiona que o tal jornalista "se fosse vivo estaria ao lado dele [Fidalgo] contra o velho amigo e companheiro de muitos anos". Ora o colunista do Público nunca pôs as coisas nesses termos. Não foi no plano das pessoas ou da fidelidades às pessoas. Não foi: ele está comigo e não com Rui Rio. Colocou as coisas no campo das ideias, no valor da liberdade da crítica, o que é completamente diferente. Ou seja, esta distorção da opinião de outrem é que qualifica moralmente quem a faz. Em tempo: Vale a pena ler, a este propósito, a coluna "Queridos autarcas", de Augusto M. Seabra, no Público (acesso só para assinantes).

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O programa de hoje do Clube de Jornalistas, na Dois, debaterá aquilo que o site do Clube chama, impropriamente, a meu ver, "um dos maiores e mais importantes grupos de comunicação social em Portugal" - o da Igreja Católica. Em estúdio estarão o cónego António Rego, director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja; Manuel Vilas Boas, jornalista que acompanha os assuntos de religião na TSF e presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas; e Alexandre Manuel, jornalista e editor. O programa, moderado por Ribeiro Cardoso, conta, ainda, com depoimentos do padre Salvador dos Santos, presidente da Associação da Imprensa de Inspiração Cristã; padre João Aguiar Campos, ex-director do "Diário do Minho", actualmente a dirigir a Rádio Renascença; e Paulo Rocha, responsável no terreno pela agência de notícias da Igreja Católica "Ecclesia". A propósito: Hoje, às 18h30, o jornalista do Público António Marujo recebe o prémio da Conferência das Igrejas Europeias para jornalistas da imprensa não-confessional que tratam informação religiosa. A cerimónia decorrerá na catedral da Igreja Lusitana (anglicana) de Lisboa, em Santos-o-Velho, em Lisboa. Marujo tornou-se no primeiro jornalista europeu a ser distinguido por duas vezes com este prémio, criado há 11 anos. Um dos seus trabalhos premiados foi feito com o padre e poeta Tolentino Mendonça.

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O Air Force Office of Scientific Research do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América acaba de atribuir uma verba de cerca de 450 mil dólares para financiar uma investigação de três anos sobre a blogosfera. Trata-se, segundo o Departamento de Estado, de uma nova área de investigação dos militares que é vista como modalidade de luta contra o terrorismo. O projecto agora financiado intitula-se "Automated Ontologically-Based Link Analysis of International Web Logs for the Timely Discovery of Relevant and Credible Information" e os blogs serão analisados de acordo com quatro critérios: relevância, especificdade, actualidade e credibilidade.

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Há cerca de uma semana, anotei aqui alguma estupefacção por causa de um protocolo que a CM de Gaia assinou com 7 jornais regionais. Hoje leio com satisfação que a Entidade Reguladora da Comunicação pediu esclarecimentos à autarquia e que Luis Filipe Menezes resolveu revogar o protocolo em causa. No comunicado em que o gabinete da autarquia dá conta desta revogação, o executivo diz, segundo o Público (acesso condicionado a assinantes): «Não aceitamos ser coniventes com manipulações mesquinhas da realidade e muito menos passar por ser o que não somos nem desejamos ser - condicionadores de qualquer forma de liberdade de expressão». Ainda que não reconheçam o que estava em causa, já não é mau que tenham voltado atrás. E é muito bom que isso tenha acontecido pela "intimidação" que o pedido de esclarecimentos da ERC terá causado!

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Não deixa de ser curioso o facto de Público, DN e JN escolherem hoje para foto de primeira página a mesma imagem de resgate de um ferido do acidente do metro em Valencia. Será apenas coincidência ou a coincidência terá alguma coisa a ver com o facto de estarmos perante os três títulos mais próximos daquilo que chamamos a "imprensa de referência"?

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"A Directiva 'Televisão Sem Fronteiras', o Serviço Público de Televisão e a Migração para o Digital: Duas décadas e alguns paradoxos da política audiovisual europeia (1984-2005)" é o tema da lição que Francisco Rui Cádima vai apresentar quarta-feira, às 15 horas, em Lisboa, no âmbito das suas provas de agregação, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova. "Trata-se fundamentalmente de uma reflexão sobre um conjunto de contradições e paradoxos da política audiovisual europeia que, na nossa análise, configuram uma clara demissão da União Europeia no sector, com consequências perversas no nível de exigência democrática, na experiência do conhecimento e também na cidadania e na Ideia e cultura europeias" - refere o autor, no seu blogue Irreal TV.

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Qual será então aqui o papel do jornalista? "Controlar o fluxo, verificar, comparar, explicar, contextualizar. Caso contrário o sonho torna-se num pesadelo e somos atropelados por informação que não sabemos descodificar. Somos saturados pelo fluxo de informação. O jornalista é fundamental. Quanto mais informação houver mais vamos precisar do jornalista." Dominique Wolton, in Público, 3.7.2006

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A revelação de nomes de pessoas menores de 18 anos vítimas de crimes sexuais por parte do Público levou um leitor a queixar-se ao provedor do leitor deste diário. Na carta que lhe endereçou - e que motiva a coluna de hoje (acesso só para assinantes*) - cita os posts Recado para o jornalismo de referência e "Errar é humano; insistir no erro é... mau jornalismo", que aqui publicámos (eu a Madalena Oliveira, respectivamente) a 8 e 10 de Junho último, estendendo bastante a lista dos órgãos de comunicação que, naquela altura, se fartaram de divulgar a identidade de uma bebé dos arredores de Viseu. No caso do Público, Rui Araújo, o provedor, convoca um outro caso de natureza semelhante, acontecido nas últimas semanas. Chamado a pronunciar-se, o director do jornal assume sem subterfúgios que o Público errou. Se não houvesse provedores e leitores atentos, que não engolem tudo o que lhes dão, o caso não viria a público, visto que foi identificado na reunião dos editores, mas os leitores só agora tiveram direito a conhecer o facto. Creio que seria desejável que fosse o próprio jornal a tomar a iniciativa de dizer: "metemos a pata na poça", mas vamos incrementar internamente os mecanismos de atenção para que isto não se repita. Estou convencido que é maior o dano do silêncio do que o do reconhecimento do erro. Assim, fica sempre a ideia de que apenas se soube porque houve -que chatice! - quem refilasse. Aproveito para partilhar uma ideia que complementa o que escreve o provedor. A norma que impede a revelação da identidade tem por objectivo, suponho, acautelar os direitos individuais das crianças. Mas a verdade é que há casos em que se pode revelar a identidade sem chegar a escarrapachar o nome. Em muitos meios rurais ou semi-rurais, em que existem ainda redes consistentes de inter-conhecimento, basta indicar o nome da terra para, de imediato, toda a gente ficar a saber de quem se trata. E julgo que este ponto não aparece suficientemente contemplado nos livros de estilo, nos códigos deontológicos e nas leis. Já agora: tantos foram os media que, neste caso, infringiram as normas deontológicas - são citados o Diário de Notícias, Correio da Manhã, Público (.pt e offline), RTP, TSF, SIC, TVI, Portugal Diário, Diário Digital, Voz das Beiras e a Renascença - e não se passa nada (para além desta abordagem de Rui Araújo)? Pelo menos dois dos media citados têm provedor e existe um conselho deontológico dos jornalistas. Com uma violação tão generalizada é caso para achar que quem levanta o problema é que deve ser tolo. (*) Deverá vir a ser disponibilizada no blogue do provedor)

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Do meu ponto de vista, foi um blogue - o Ponto Media, de António Granado - o meio que mais nos ajudou a ler os dados sobre a circulação média de jornais e revistas em Portugal, relativos ao primeiro trimestre de 2006, esta semana divulgados pela APCT (Associação Portuguesa do Controlo de Tiragens). E fê-lo apresentando um gráfico simples, relativo à imprensa diária (e que peço licença para aqui mostrar), o qual, colocando os dados numa perspectiva temporal, nos permite tirar algumas concusões que não podem deixar de ser preocupantes. Assim: - existe uma consistente tendência de queda nos jornais diários pagos (a excepção será o Correio da Manhã, ainda que, como excepção, seja, também ela, não concludente); - os diários gratuitos, além de terem ultrapassado ambos a fasquia dos 150 mil, estão a aproximar-se de uma outra barreira simbólica: representarem, sozinhos, mais do que todos os outros diários juntos; - é interessante verificar, na perspectiva temporal que o gráfico mostra, em que momento a tendência de queda se acentua: parece clara a relação com a imprensa gratuita (factor que, no quadro de variáveis explicativas, não é único). - a conclusão mais preocupante de todas, porém, não decorre do quadro. É o aparente marasmo diante deste cenário. A reacção mais saliente a estes resultados é a de cada jornal se comparar com a sua concorrência mais directa, para ver quem perdeu mais ou, em alternativa, tentar suavizar o quadro, sublinhando uma estatística qualquer que o mostre menos negro. Esta é a estratégia que não fará outra coisa que não seja aprofundar a queda.

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Na linha deste post do Abrupto, sobre as palavras carregadas de ideologia usadas no jornalismo, para falar da crise em Timor-Leste, vale a pena passar os olhos por este outro post Lusosphere blogs report the latest political twists in East Timor, no qual o Global Voices diz que "once again, reading about the situation in the Anglophone media tells a quite different story from what appears in Portuguese language blogs. There is quite a gap between the two perspectives". (via Letras com Garfos).

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