A cobertura mediática das tentativas dos EUA de atacar e controlar o Iraque mereceria um estudo rigoroso (um, não; muitos!). Ainda hoje ouvi num canal televisivo noticiar a aceitação dos inspectores por parte de Sadam Hussein com um tom que poderia ser traduzido assim: "Que pena!". Outros deram destaque ao tamanho da carta: seis páginas nas quais querem agora encontrar uma palavra ou uma vírgula que possa, afinal, ser interpretado como uma negativa. (Isto não significa que não se deva dar atenção aos pormenores da missiva). Do outro lado, isto é, do lado dos media iraquianos, reforça-se a ideia de que a contradição entre a votação do Parlamento de Bagdad e a posição final do Presidente foi uma encenação para estrangeiro ver. Um sinal: segundo Sameer N. Yacoub, da Associated Press, os media iraquianos pura e simplesmente ignoraram a notícia da posição do Parlamento, preferindo sublinhar a confiança dos deputados na clarividência do Grande Chefe.
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