Ele já não é apenas um chato, um carrapato que se sacode constantemente do ombro, um dot no canto superior. O homem tornou-se um fenómeno de omnipresença, suspeitando-se que tenha alguma obscura capacidade adivinhatória da agenda diária dos media, especialmente das televisões. Não obstante, não faltam fotos onde ele apareça nos arquivos dos fotojornalistas do Porto. Os jornalistas da Invicta habituaram-se a conviver com ele. Eu lembro-me daquela figura algo sinistra, com olhar imbecil e o enorme sinal na cara a fixar-se na câmara desde sempre, por isso podemos falar em alguns anos de convívio. Chamamos-lhe Animal e já o tratamos com uma indiferença de colegas, às vezes, damos-lhe os segundos de presença que obsessivamente procura. Não sabemos mais nada dele, nem de que doença mental certamente sofre. O facto é que o Animal se vai tornando famoso noutras bandas. De tal maneira que já tem um site na internet. Chama-se Emplastro Dragão, a propósito da sua militância portista. É divertido à brava e só tem fotos: verdadeiras, das vitórias do homem sobre os repórteres escorraçadores, e montagens que mostram que, tal como o turista do World Trade Center, ele esteve em toda a parte. O Animal está, portanto, na rede universal.
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