"Não é meu papel ser educador do povo". A entrevista que Miguel Pais do Amaral, patrão da Media Capital, dá à última edição do "Expresso" (revista "Única"), tem partes saborosas. Quando lhe é perguntado sobre se os media do grupo podem dar notícias contrárias ao grupo, responde: "Uma coisa é atacar os accionistas, outra é falar do grupo" (...) "No 'Diário Económico' tinha alguma influência real. Entendia que devia ser o jornal do capitalismo português e isso devia ser tido em conta pela linha editorial. Por exemplo, quando o Nicolau Santos era director, publicou um artigo de opinião do Vasco Gonçalves. Eu disse-lhe que não fazia muito sentido (...) Nâo tem nada a ver com censura, tem a ver com posicionamento". Antes, já tinha dito, a propósito do facto de "O Independente" nunca ter falado da atribuição de frequências radiofónicas ao "Correio da Manhã", quando Carlos Barbosa era accionista da SOCI: "Eu parto do princípio que o director, se é escolhido pelos accionistas, não é um 'kamikaze'". Sobre a informação da TVI, perguntam-lhe se "gostaria que lhe aparecessem cenas de sexo do 'Big Brother' quando está a ver o telejornal com as filhas". A resposta: "Felizmente as minhas filhas não vêem o telejornal. Acredito que seja um pouco embaraçoso. Se calhar as minhas filhas não estão no 'target'. Não sei o que lhe hei-de responder". E ainda: "Não é o meu papel ser o educador do povo português. Nem é fnção da televisão privada educar as pessoas".
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