Qual o lugar das religiões no serviço público de televisão? Em que canal devem inserir-se tais programas? A agência Ecclesia, da Igreja Católica, noticia hoje que as confissões religiosas chegaram a acordo com a RTP para a continuidade da programação religiosa, embora com "um significativo emagrecimento do orçamento para estes programas, mas incluído integralmente nos custos do serviço público de televisão". O acordo que será celebrado em data a anunciar, prevê que a RTP assegure a produção de dois dos seis programas apresentados de segunda a sexta-feira e no domingo. Recorde-se que este ponto foi objecto de controvérsia quando o operador público, ainda no tempo de Emídio Rangel, anunciou a intenção de fazer recair sobre as confissões religiosas os encargos com a produção daqueles programas. Um ponto que continua, aparentemente, a dividir posições é o do canal em que as emissões religiosas serão programadas. Para o cónego António Rego, director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, "a programação religiosa ora existente na RTP deve continuar a ser considerada Serviço Público, que a nenhum título pode ser retirada do Canal 1 para se alinhar num caleidoscópio de mensagens pertencentes a minorias muito direccionadas". Para Luís Andrade, porém, o lugar da programação religiosa na RTP é no Canal2, "e não se justifica nenhum receio por parte das confissões religiosas". O Canal2, "a pérola da RTP", segundo o seu director de programas, "vai ficar muito melhor", pelo que o acordo agora obtido acaba por "beneficiar as duas partes", assegura Luís Andrade.
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