Que se está a passar com a TV por cabo em Portugal? De que modo se estão a alterar as práticas de uso da televisão? Para responder a estas e outras perguntas, merece leitura o texto "De olhos no cabo", de Maria João Caetano, no "Diário de Notícias de hoje". Alguns factos e argumentos: * "Em dois anos, o 'share' dos canais por cabo subiu de 6,1 por cento para 10,9 por cento"; * "A audiência dos canais de televisão por cabo está a aumentar de forma acentuada, sobretudo entre as classes A/B e entre os mais jovens (15-24 anos)"; * "Este aumento deve-se, em primeiro lugar, ao alargamento dos vários serviços de cabo no país _ no final de 2002 havia já 3,36 milhões de alojamentos cablados e o número de assinantes chegou aos 1,26 milhões, mais 12 por cento do que no ano anterior, segundo dados da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom)"; * "Existe uma tendência clara para a segmentação do mercado _ que se oberva também nos outros meios de comunicação (jornais, revistas, rádios) _ e as televisões tentam tirar o máximo partido dos nichos de mercado, procurando os espectadores que não estão satisfeitos com os canais generalistas"; * "Há uma excepção: dentro do universo de espectadores do cabo, a SIC Notícias é, desde Outubro, o quarto canal mais visto, ultrapassando a RTP2"; * "...os canais por cabo têm mais sucesso entre os homens (onde conseguem um share de 33,7 por cento) do que entre as mulheres (apenas 19,5 por cento do público feminino prefere o cabo). Percebe-se: afinal, são as mulheres o público mais fiel das telenovelas que preenchem o prime time da SIC e da TVI"; * "Em termos de grupos socioeconómicos, é curioso verificar que, nos últimos dois anos, apenas a classe D se afastou dos canais especializados e que a penetração do cabo aumentou 47,7 por cento entre as classes A e B. Actualmente, os canais por cabo conseguem um share de 33,7 por cento no grupo etário 4-14 anos; e de 34,5 por cento entre os jovens de 15-24 anos".
0 resposta(s) para “”
Responder