Na página dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) podem ler-se dois artigos cujo ponto comum é terem a China como pano de fundo. "Living dangerously on the Net" aborda a questão da monitorização e censura dos fóruns de opinião na Internet. Um membro dos RSF estudou durante vários meses as técnicas de censura vigentes nesses fóruns, e chegou a dados muito interessantes, incluindo técnicas para iludir os filtros automáticos (por exemplo, pondo asteriscos entre as letras) e assuntos sensíveis para as autoridades ("O estudo mostrou que os webmasters dão prioridade à censura de mensagens que criticam o Governo"). Os internautas mais afoitos na escrita acabam muitas vezes por ser banidos dos fóruns, e não é de todo raro que alguns acabem por ser presos. Mas não é só o Governo chinês que está "protegido" pela repressão informativa. Um dos assuntos que tem sido alvo de censura nos fóruns e também na comunicação social chinesa é a "Síndrome Respiratória Aguda", conhecida internacionalmente pela sigla SARS. De acordo com o artigo dos RSF, as autoridades afirmam que "os artigos [a publicar] sobre SARS devem limitar-se à informação divulgada pela agência noticiosa oficial Xinhua ou pelo jornal governamental The People's Daily". É a tática da avestruz, que de certeza ajudará "imenso" a controlar a doença, sobretudo no país que até agora mais vítimas possui. "A China continua a ser a fonte das maiores preocupações. Há 5086 pessoas infectadas e 262 morreram", diz a notícia mais recente sobre o assunto na Última Hora do Público.
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