A razão principal da guerra no Iraque não foi a questão das armas de destruição maciça, mas o afastamento de Saddam, a fim de permitir a Washington "retirar as suas tropas da Arábia Saudita e abrir caminho ao controlo global do conflito no Próximo Oriente". A afirmação é de Paul Wolfowitz, braço direito de Donald Rumsfeld e número dois do Pentágono. José Manuel Fernandes reconhece, entretanto, que o facto de não aparecerem no Iraque as tão badaladas "armas de destruição maciça" contitui "Uma Questão Incómoda" para os países da Coligação que atacou o regime de Saddam. Mas, à semelhança daqueles que acharam que se OS EUA não encontrassem as ditas armas, as levariam para lá para poderem justificar-se, acrescenta esta coisa interessante: "O que fez Saddam com o equipamento e os stoks que possuía e que não conseguiu provar aos inspectores ter destruído? (...) Os interrogatórios com os altos funcionários detidos talvez ajudem a deslindar o mistério. Mas mesmo que o mistério persista, os motivos para a guerra não desaparecem, pois mesmo sem arsenais, Saddam possuía forma de os obter, e esse é que era o perigo: a eventual convergência entre um regime com capacidade para construir armas de destruição maciça e terroristas com vontade de as largarem em qualquer grande cidade do Ocidente."
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