No Público de hoje há sobeja matéria merecedora de atenção e debate. Emídio Rangel dá uma entrevista á revista dominical em que, indirectamente, prossegue a reflexão sobre o futuro da imprensa, tema suscitado há dias pelo director do DN. Do seu ponto de vista, os jornais, nomeadamente os de referência, não têm sabido estudar e definir os seus públicos e trabalhar no sentido de ir de encontro às suas expectativas. Rangel considera ainda que o Canal Sociedade, aquele em que desembocará o actual canal 2 da RTP, constituirá um rotundo fracasso (o assunto merece que a ele voltemos em breve). Ana Sá Lopes, por sua vez, mostra-nos o seu encantamento com os blogs e, em particular com o Desejo Casar . Finalmente, Mário Mesquita retoma o tema das Conferências da Arrábida, que tratou, na semana finda, os acontecimentos mediáticos. Uma conclusão ressalta do que escreve: "O novo mapa dos acontecimentos mediáticos desloca-se do positivo para o negativo; da negociação para a violência; dos valores centrais da sociedade para a contestação do "centro"; das elites, que se exprimem através da palavra, para as não-elites, que recorrem à acção." Ainda a ideia, transmitida por Elihu Katz, de que "a televisão está morta". Não "enquanto moinho de histórias e lugar de entretenimento", mas no seu "papel de elo social e cultural, lugar de construção de consensos e de ligação entre os (muitos discutidos) "valores do centro" e a periferia das sociedades." Acrescente-se a estas peças o texto de opinião de Alberto Arons de Carvalho, de crítica às propostas governamentais de financiamento do operador público de TV e a entrevista ao investigador inglês Paddy Scannel.
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