E o Pentágono? A capa do Público do passado dia 11 provocou, como refere hoje a Direcção daquele diário, em nota editorial "reacções desencontradas". O mesmo aconteceu na blogosfera. É salutar que provoque reacções e não menos salutar que sejam desencontradas. Houve quem não gostasse nada de ver o jornal associar a data de 11 de Setembro, na mesma página, aos atentados de Nova Iorque e Washington e ao golpe de estado perpretado por Pinochet no Chile. Mas houve igualmente quem se regozijasse com tal associação. Pela parte que me diz respeito, fui sensível a outro ponto: nas cerca de dez peças que o Público dedicou ao 11 de Setembro de 2001, é preciso um grande esforço para encontrar lá alguma referência àquele ponto, aparentemente irrelevante, que foi o ataque terrorista ao centro nevrálgico do poder militar americano - o complexo do Pentágono. Que os Estados Unidos da América tenham procurado montar uma releitura dos factos em que o atentado ao Pentágono praticamente desapareceu é uma coisa. Que o Público, e em geral a Imprensa, alinhem sem mais nesse refazer da história, é outra bem diferente.
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