O jornalismo em questão Tinha-me passado a leitura e a referência ao texto de Estrela Serrano, na segunda-feira. Estamos tão carentes de análises sobre a produção jornalística, que não podemos senão congratular-nos com as achegas da Provedora do DN. Desta vez, toma como motivo da sua coluna a "série de acontecimentos ocorridos no mundo dos media (que) provocou sobressalto em todos aqueles que encaram o jornalismo como um elemento essencial da democracia." A reflexão incide em particular sobre as fontes não identificadas que, cada vez mais, estão presentes no nosso jornalismo. Em que condições é legítimo recorrer a fontes anónimas? Em que medida o recurso a esse tipo de fontes contribui para descredibilizar o jornalismo? A autora refere, entre outros, os autores Bill Kovach e Tom Rosenstiel, no livro The Elements of Journalism (2001). Aí, observa Estrela Serrano, "lembram que uma das mais antigas técnicas adoptadas pelos jornalistas para assegurarem ao público a fiabilidade do seu trabalho é fornecer-lhe as fontes das informações. Quando a fonte é claramente identificada o público pode decidir por si próprio se a informação é credível".
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