Falta cérebro nas redacções "Falta cérebro nas redacções" - assim titula Carlos Chaparro a sua última colaboração no portal Comunique-se. E explica: "As redações dos meios impressos, submetidas, de um lado, às pressões do negócio, do outro, às tensões impostas pelo ritmo da produção industrial, criaram detalhadas rotinas administrativas, para controlar e otimizar, sob o ponto de vista gerencial, a seleção e a produção do noticiário. No exercício dessa competência, boa parte do tempo é ocupada em atividades de depuração, no mar de informações que jorram das fontes cada vez mais organizadas. E não há tempo, nem estrutura, nem cultura, para pensar o aprofundamento dos fatos. O que inviabiliza a possibilidade de oferecer a análise e o debate no mesmo tempo e ritmo da notícia. Eu e o executivo de marketing da tal empresa de comunicação chegamos à conclusão de que os jornais diários, que tão cientificamente desenvolveram a capacidade de fazer, precisam, urgentemente, arranjar maneiras de enxertar, nas redações, a capacidade de pensar. Porque a produção e o relato da atualidade deixaram de ser coisas simples. Adquirir complexidade que vai bem além do conceito que entende e trata a notícia como simples mercadoria vendável."
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