"Voyeurismo" Teresa de Sousa critica, no Público, os exageros televisivos (e poderíamos acrescentar: radiofónicos) a propósito das peripécias com os jornalistas portugueses enviados ao Iraque - em particular o caso do rapto de Carlos Raleiras e da evacuação de Maria João Ruela: "O que interessava aos portugueses era saber que o repórter da TSF fora libertado e estava bem e em lugar seguro, e que a jornalista da SIC está a recuperar igualmente bem e já de regresso a Lisboa. O resto é puro "voyeurismo". O problema destas imagens é que elas dão a exacta dimensão do que é a informação transformada em entretenimento. Vale tanto a história de Ruela como vale a do crime numa aldeia perdida na serra a abrir os noticiários. Valem tanto as lágrimas das famílias dos soldados portugueses como as dos protagonistas de qualquer drama familiar vivido algures numa vila do interior. Não há distância, não há interpretação, não há contenção, não há informação. Tudo se resume à lógica do "reality-show", por mais patético ou, mesmo, ridículo que acabe por ser". Ainda a este propósito, leia-se a carta de uma leitora que, no mesmo jornal, e relativamente ao facto de ter sido o INEM a evacuar Maria João Ruela, pergunta: O Tratamento Será Igual para Todos?
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