Onde pára o Conselho Deontológico? A pergunta é colocada por Jorge Wemans, no Causa Nossa, no quadro de um debate com Vital Moreira, que vale a pena seguir. Vital sustenta que o Conselho Deontológico dos Jornalistas já deu provas bastantes de estar moribundo, sendo necessário criar um órgão fora da órbita sindical, com capacidade para sancionar violações às normas profissionais dos jornalistas, sem que se tenha de enveredar por uma Ordem, via que considera inadequada. Wemans discorda: contrapõe que o que importa, então, fazer é revializar o dito Conselho, distinguindo bem o que é da alçada do direito, que cabe aos tribunais, do que é do terreno da deontologia, que deve caber aos próprios jornalistas. Num ponto ambos estão de acordo: ninguém dá conta da actuação do Conselho Deontológico, na autêntica tempestade que se levantou em torno da profissão, a propósito do processo da pedofilia. No meio de tudo isto, aparece o penalista Germano Marques da Silva, em entrevista á Pública de domingo passado, a concordar com a ideia de que "o problema deontológico não cabe a um sindicato", a manifestar abertura a algo do tipo de uma ordem, mas com esta visão peculiar: "o jornalista é um profissional liberal no seu limite". Um profissional liberal? Será que o debate que o Sindicato convocou para amanhã, na sua sede em Lisboa, irá contribuir para esclarecer alguma destas questões? Para já, não deixa de ser sintomático que esse debate seja convocado pelo Sindicato e não pelo Conselho Deontológico dos Jornalistas. Actualização (20.1): No blog Causa Nossa foram inseridas as respostas de Óscar Mascarenhas. O texto completo: aqui.
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