Lula da Silva: pior a emenda que o soneto "A pior [decisão] que [o Governo] poderia ter tomado". Assim considera o sociólogo e professor de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da USP, Laurindo Leal Filho, a expulsão do jornalista americano Larry Rother, autor da reportagem publicada pelo "The New York Times" (NYT) sobre supostos excessos alcoólicos do presidente Lula. De facto, é difícil encontrar caso mais exemplar em que uma medida político-administrativa consegue precisamente o contrário do que seria suposto interessar um Governo: amplificar até à exaustão um problema que, pelos vistos, está longe de ter a dimensão que Rother e o NYT lhe deram. E sobretudo, conseguiu colocar grande parte da opinião contra uma medida que viola um dos princípios que fundamentam as sociedades livres: a liberdade de expressão e de imprensa. E a peça jornalística até dava para ser demolida, como o Intermezzo já tinha salientado e Alberto Dines, director do Observatório de Imprensa, comenta: "A matéria do New York Times sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é falha. Jornalismo de terceira categoria. Não está à altura do profissional que a assina nem do grande jornal que a divulgou. Até o repórter-fraudador Jayson Blair seria mais cauteloso e menos escandaloso ao expor a vida privada de um cidadão ? mesmo que não fosse o presidente do Brasil."
0 resposta(s) para “”
Responder