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O que não basta na "repulsa" de Durão Barroso O primeiro ministro, Durão Barroso,foi claro na condenação dos "comportamentos degradantes, repugnantes, revoltantes" de soldados norte-americanos no Iraque e fez bem em "transmitir à Administração norte-americana a nossa repulsa e a necessidade de se apurar, completamente, quem são os responsáveis" no sentido de «serem julgados e punidos», uma vez que «não se pode, em nome da luta contra o terrorismo e pela liberdade, ofender os próprios valores e princípios em que devemos basear essa luta". Mas será que isto basta? Se todos os dados apontam para que não se trate de actos isolados, mas de uma lógica de acção, autorizada ao mais alto nível e frontalmente ostensivamente adversa quanto a direitos humanos, poderão os jornalistas ouvir estas declarações de Durão Barroso, que fala, de algum modo, em nome de todos nós, e não perguntarem mais nada? Leia-se, a este propósito, um parágrafo da coluna, intitulada "Abu Grhaib",de José Vítor Malheiros, no Público: "(...) Que a guerra traz ao de cima o que de pior existe nas pessoas já se sabe e não havia razão para esta ser excepção. Mas há outra razão para não haver surpresa nos casos de tortura na prisão de Abu Ghraib. É que eles inscrevem-se na lógica, que tem vindo a ser seguida nos EUA desde o 11 de Setembro, de constante atropelo dos direitos humanos em nome da segurança - na qual o caso de Guantánamo ganhou maior destaque, mas não é único. A lógica de Guantánamo - que não é da responsabilidade individual de uns quantos soldados - é a lógica das leis de excepção, do parêntesis nos direitos humanos, justificado em nome da defesa nacional. Esta deriva securitária, denunciada por inúmeras organizações americanas, traduz-se numa retracção radical dos direitos cívicos, numa agudização da discriminação religiosa e racial, num moralismo asfixiante e numa propaganda supremacista branca e cristã que se transformou de facto no coração do regime - para tristeza dos democratas que reconhecem sólidas virtudes no sistema americano. É este libreto que os tristes soldados de Abu Ghraib interpretam, à sua triste maneira. Nesse sentido, os seus actos inscrevem-se na lógica do sistema - como Guantánamo, que talvez um dia Rumsfeld venha dizer que não sabia que existia..."


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