Saddam: distorções intermináveis No espaço de dois dias, duas indicações de como a figura de Saddam continua a ser pretexto para as distorções de origem mais diversa. Na edição de hoje, "The New York Observer" cita Christiane Amanpour, uma dos três jornalistas que foram autorizados a presenciar a comparência de Saddam Hussein perante um tribunal, na semana passada. Aquilo que ela presenciou na sala não joga com o retrato que foi transmitido para o exterior, através de imagens previamente seleccionadas. Segundo diz, foi um Saddam "derrotado, fatigado e confuso" o que apareceu diante do juiz, ao passo que as imagens divulgadas pintavam um Saddam duro e desafiante. "Whether the TV feed was U.S.-crafted propaganda (to make Mr. Hussein seem a worthy antagonist, perhaps) or just self-serving censorship, the TV event showed the power of an image removed from its context" - salienta o autor do texto. Também ontem a revista Editor & Publisher dava conta de um facto, na altura muito comentado, que aponta igualmente na direcção da manipulação da imprensa. Refere-se ao célebre dia em que os americanos derrubaram a estátua de Saddam. Em "When Saddam Fell: How the Press was Misled From Day One", a revista refere um relatório do exército dos EUA, há dias divulgado pelo "Los Angeles Times" que mostra como aquilo que foi apresentado como um movimento espontâneo dos iraquianos "libertados" não passou de uma habilidosa opera~ção montada pelos serviços de de psicologia militar.
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