Riscos de degradação do jornalismo Pedro Leal acrescenta, no JornalismoPortoRadio, mais algumas achegas para o exame das incidências na formação de jornalistas, decorrentes da proposta governamental de reestruturação dos graus no ensino superior, e da eventual adopção de licenciaturas de três anos: "(...) no caso do ensino do jornalismo isto vai significar menos carga horária nas cadeiras de práticas de jornalismo. Vai significar licenciados mais jovens e menos preparados, logo mais susceptíveis de serem manipulados. Vai ainda significar uma maior exploração dos estagiários que, em algumas empresas, vão ver os estágios prolongados para além do admissível. Por último esta decisão terá como consequência o aumento da precariedade financeira dos candidatos a jornalistas". Penso que alguns dos riscos apontados são reais, considerando as tendências que já hoje se verificam em grande parte das redacções grandes e pequenas. É certo que as universidades poderão responder com pós-graduações e mestrados de tipo novo. É mesmo desejável que o façam. Contudo, ou os jornalistas e as suas associações se mobilizam para um "upgrade" dos requisitos exigidos para a formação inicial e, sobretudo, para um debate alargado a diferentes actores sociais sobre esta matéria ou as perspecivas para o futuro são tudo menos risonhas.
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