Casa Pia: a (in)oportunidade televisiva em debate Apesar de já muito se ter dito e escrito sobre a cobertura jornalística do processo de pedofilia na Casa Pia, algumas lições continuam por aprender. O início do julgamento é o pretexto aproveitado pelo Clube de Jornalistas para discutir o trabalho realizado pela televisão. A pertinência das imagens transmitidas, a insistência em obter declarações junto de quem não pode, não deve ou, simplesmente, não quer prestá-las e o tratamento informativo da dor são alguns dos temas abordados na edição que a 2: transmite esta quinta-feira, pelas 23h50. José Alberto Carvalho (RTP), Isabel Horta (SIC), Ana Leal (TVI) e Felisbela Lopes (Universidade do Minho) debatem as críticas apontadas à TV e os critérios que pautam a actividade dos repórteres em campo. Assim se retoma a análise feita por vários colunistas, há sensivelmente dois anos, quando o escândalo ganhou as proporções que hoje lhe conhecemos. Nessa altura, Eduardo Cintra Torres, por exemplo, considerava que «a TV se aproximou de um julgamento popular» (Público, 3 de Dezembro de 2002). E, um pouco mais tarde, Artur Costa admitia ter havido uma «usurpação televisiva», considerando que «as televisões devassam, de uma forma escandalosa, para não dizer violenta, o que de mais íntimo e que, por isso, mais refractário deveria ser a uma intromissão das câmaras» (Jornal de Notícias, 3 de Setembro de 2003).
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