"O provador dos leitões" O jornalista Eugénio Queirós diverte-se com os provedores do leitor. Acha-os um assunto démodé, embora merecedor de uma crónica, que redigiu para o site do Clube de Jornalistas. Tirando o seu "ex-profe" Mário Mesquita, conhece poucos que lhe "provoquem a libido jornalística". "Há mesmo alguns provedores de leitores de jornais de grande circulação que (...) nunca vi a assinarem uma reportagem ou uma notícia de polícia", queixa-se. "São académicos puros e duros", imagine-se. O provedor, para quem não saiba, "atende as queixas daquela franja de leitores que tem tempo e paciência para ler o jornal de ponta a ponta - para nele descobrir gralhas até nos anúncios classificados - e também as queixas dos ofendidos com notícias sobre as suas vidas pessoais (...)". Ou seja, "as queixas que chegam ao provedor não representam minimamente o universo de leitores de um jornal. E este está longe de ser alguém útil ao jornal naquilo que é a sua missão: dar notícias, fazer boas reportagens, fazer gozar o leitor". De modo que Queirós, depois de demonstrar a inutilidade do provedor no campo do jornalismo, recorre à ideia de um amigo para o arrumar no território gastronómico, embora em especialidade apaladada: faz dele "o provador de leitões". Estamos, pois, conversados.
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