"Os homens do professor" Diz o DN que vai ser hoje lançado em Lisboa o livro que reúne uma parte dos comentários dominicais de Marcelo Rebelo de Sousa, organizado pelos jornalistas Júlio Magalhães e José Carlos Castro. Com 325 páginas, o volume conta com um prefácio de José Eduardo Moniz e uma entrevista a Marcelo, que "sofreu bastantes cortes". O director da estação diz, no prefácio, que Marcelo "passou a ser encarado pela equipa como uma peça importantíssima do dispositivo noticioso". Provavelmente nem o livro nem o acto do seu lançamento serão os contextos mais adequados a um esforço de análise e compreensão distanciadas quer do "fenómeno Marcelo" quer do "caso" do seu silenciamento na TVI. Mas, uma vez que o "fenómeno" é, aparentemente o tema do livro, vale a pena recordar perguntas que, em momentos diversos, já "passaram" por este blogue: - Como caracterizar a prestação dominical de Marcelo? Em que medida é que aquilo que nessa prestação ia para lá do comentário transformou a natureza da própria prestação? - De que modo a prestação de Marcelo constituiu, a um tempo, expressão e agente daquilo em que, nos últimos anos, se transformaram os telejornais da TVI e, mais amplamente, de todos os telejornais, com excepção de A Dois? - Qual é papel dos jornalistas, no meio destas tendências? Como avaliar a prestação destes "homens do professor", do ponto de vista do jornalismo? Não quero cometer a injustiça de dizer que estas questões não têm lugar no livro a lançar hoje, pela simples razão de que ainda não o conheço. Mas quero crer que o "caso Marcelo" vai precisar da publicação de mais debate e de mais trabalhos para ser minimamente compreendido. Alguém quer comentar?
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