Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |




Envie este post



Remember me (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.com. More...



Adelino Gomes: O jornalismo está melhor do que há 20 anos Passou sem referência o texto de uma intervenção de Adelino Gomes, no recente congresso promovido em Lisboa pelo Observatório da Imprensa e que o Clube de Jornalistas colocou online. Diz aquele jornalista do Público: "Se me fosse pedida, num minuto, a resposta à pergunta subjacente a esta intervenção e a este painel - são hoje melhores os jornalistas e o jornalismo que se pratica em Portugal, já não digo do que quando eu entrei na profissão, porque havia censura e triplo emprego, mas, digamos, há 20 anos - eu responderia, sabendo que vou atrair a cólera dos mais velhos: 1. Os jornalistas, em termos gerais, chegam claramente mais apetrechados hoje à profissão e há nas rádios, televisões e jornais, claramente, uma mais generalizada competência profissional. 2. O jornalismo (isto é, a elaboração e apresentação técnica dos produtos noticiosos) está, em termos gerais, melhor (atenção: não valem as excepções, isto é, não vale virem-me falar do jornal da RT2 no tempo de Mega Ferreira; ou da revista do "Expresso" dirigida pelo Vicente Jorge Silva; ou da "Grande Reportagem" dos tempos de José Manuel Barata-Feyo, Joaquim Furtado, Miguel Sousa Tavares, Rui Araújo. Ou da geração de ouro que trabalhou no "Diário de Lisboa" e no "Século" e "Vida Mundial", e numa certa fase no "Diário Popular", e em "O Jornal"). 3. Piores estão a preocupação ética e a autonomia das redacções no interior da empresa ou grupo em que se integram". Para Adelino Gomes, piores estão também "a densidade jornalística, a concentração empresarial (que nem sempre é, necessariamente, má, mas que o é sempre que se faz no sentido de transformar notícia em mero produto e jornalista em mero produtor de uma cadeia comercial de conteúdos)"; "a perda de autonomia do campo jornalístico consentida pelos próprios jornalistas, quando renunciam ou desistem não apenas de instrumentos de defesa profissional e ética - os conselhos de redacção, por exemplo, mas também a organização sindical ? sem os substituírem por nada". "Pior ainda, e acima de tudo, do meu ponto de vista - prossegue - está a frouxidão das redacções, e dos jornalistas em termos individuais, ao aceitarem diariamente, sem luta, elaborar notícias, reportagens, editar noticiários, telejornais enviesados, distorcidos - notícias nem sempre verdadeiras, algumas vezes difamadoras; reportagens com os ângulos invertidos; títulos em que o rigor e a clareza cedem à ambiguidade, uma ou outra vez à insinuação torpe, em que o carácter necessariamente apelativo que devem ter é substituído por doses de sensacionalismo populista; telejornais saturados de banalidades desinformadoras e dos quais estão afastados, conscientemente, critérios de noticiabilidade e mínimas noções de hierarquização aprendidas quer nas universidades quer na tarimba ou no mero exercício da cidadania e prática do bom senso. A maior parte são, pois, problemas em cuja solução cada um pode intervir. E mais ainda os mais velhos (chefes) do que os mais novos".


0 resposta(s) para “”

Responder





Quem somos

» Manuel Pinto
» Helena Sousa
» Luis Antonio Santos
» Joaquim Fidalgo
» Felisbela Lopes
» Madalena Oliveira
» Sara Moutinho
» Daniela Bertocchi
» Sergio Denicoli

» E-MAIL

Últimos posts

» PS defende provedor para RTP e RDP Do programa ...
» Programas dos partidos para a comunicação social ...
» Imprensa francesa agita-se Depois de o capitali...
» Um milhar de portugueses defendem rádio em Lille ...
» Onde estão os programas? Os partidos estão a ap...
» Livro de Dan Gillmor editado em Portugal O ...
» Conferência da IAMCR Faltam apenas 10 dias para...
» Leituras recomendadas ...daquelas que dariam pa...
» O terrorismo e os media - debate em Braga A Fun...
» La Vanguardia: trabalho sobre Dalí recebe prémio e...

Ligações


Arquivos

» abril 2002
» maio 2002
» junho 2002
» julho 2002
» agosto 2002
» setembro 2002
» outubro 2002
» novembro 2002
» dezembro 2002
» janeiro 2003
» fevereiro 2003
» março 2003
» abril 2003
» maio 2003
» junho 2003
» julho 2003
» agosto 2003
» setembro 2003
» outubro 2003
» novembro 2003
» dezembro 2003
» janeiro 2004
» fevereiro 2004
» março 2004
» abril 2004
» maio 2004
» junho 2004
» julho 2004
» agosto 2004
» setembro 2004
» outubro 2004
» novembro 2004
» dezembro 2004
» janeiro 2005
» fevereiro 2005
» março 2005
» abril 2005
» maio 2005
» junho 2005
» julho 2005
» agosto 2005
» setembro 2005
» outubro 2005
» novembro 2005
» dezembro 2005
» janeiro 2006
» fevereiro 2006
» março 2006
» abril 2006
» maio 2006
» junho 2006
» julho 2006
» agosto 2006
» setembro 2006
» outubro 2006
» novembro 2006
» dezembro 2006
» janeiro 2007

Livros

TV do futebol

» Felisbela Lopes e Sara pereira (orgs) A TV do Futebol; Porto: Campo das Letras

» Televisão e cidadania. Contributos para o debate sobre o serviço público. Manuel Pinto (coord.), Helena Sousa, Joaquim Fidalgo, Helena Gonçalves, Felisbela Lopes, Helena Pires, Luis António Santos. 2ª edição, aumentada, Maio de 2005. Colecção Comunicação e Sociedade. Campo das Letras Editores.

» Weblogs - Diário de Bordo. António Granado, Elisabete Barbosa. Porto Editora. Colecção: Comunicação. Última Edição: Fevereiro de 2004.

» Em nome do leitor. As colunas do provedor do "Público". Joaquim Fidalgo. Coimbra: Ed. Minerva. 2004

» Outras publicações do CECS

Eventos

» Conferência: A Nova Entidade Reguladora no quadro das políticas de Comunicação em Portugal (2006)

» I Congresso Internacional sobre Comunicação e Lusofonia (2005)

» Jornadas ?Dez Anos de Jornalismo Digital em Portugal: Estado da Arte e Cenários Futuros? (2005)

» Todos os eventos







Subscribe with Bloglines


Technorati Profile Powered by Blogger and Blogger Templates