Lusomundo media: negócio em curso Foi tudo muito rápido, mais rápido do que faria supor uma matéria de tão grande envergadura e de tanta repercussão no panorama mediático português. A Controlinveste, que detém a Olivedesportos, teve apenas de esperar pouco mais do que um fim de semana, para que a opção do Conselho de Administração da Portugal Telecom fosse anunciada. Neste grupo, importa recordar, o principal accionista é o BES e outras importantes instituições bancárias que integram o seu CA manifestaram reservas (caso da CGD, que se terá abstido e do BPI, que terá votado contra esta venda dos activos da Lusomundo), segundo noticia hoje o Público. A Controlinveste diz, em comunicado, ir respeitar a orientação editorial dos media agora adquiridos e estar apta a gerir os jornais e revistas da Lusomundo, dada a experiência que já tem no sector. A primeira parte desta declaração é de saudar. Quanto à segunda, as dúvidas são legítimas. A experiência mediática da Controlinveste está longe da envergadura que será necessária para compreender as especificidades da imprensa generalista e de órgãos com as especificidades de um JN, DN ou TSF. Recorde-se que a Controlinveste é uma "holding" do grupo presidido por Joaquim Oliveira que, entre outras empresas, controla a Sportinveste, proprietária de 50 por cento da SportTV, a Jornalinveste, proprietária de O Jogo, e a Olivedesportos, que detém, nomeadamente, o exclusivo das transmissões televisivas dos jogos de futebol da Liga. A sua experiência está acantonada principalmente no terreno desportivo e do futebol. Consta, de resto, que a relação que mantém com o futebol vai para além do terrreno mediático, uma vez que será accionista das SAD's dos três principais clubes portugueses. Resta saber se a venda ontem anunciada pela PT significa um ponto final ou apenas um passo num processo de reconfiguração do sector que terá brevemente novos episódios. COMPLEMENTO: "Lusomundo: PS quer que reguladores garantam transparência".
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