Discutir o Clube de Jornalistas O Clube de Jornalistas discute o jornalismo, mas pode ser, também ele, objecto de debate. Porque não? Em democracia, não deve haver "vacas sagradas", imunes à análise e à crítica. Vem isto a propósito da discussão que surgiu na zona de comentários do post Reconhecer a qualidade (aqui em baixo), relacionado com a entrega dos Prémios Gazeta. Acontece assim, muitas vezes, na vida. A gente aponta para um lado (neste caso, para a qualidade de muito do jornalismo que se faz em Portugal) e alguém (neste caso, Horas Vagas, do blogue Vem Devagar) atira sobre a entidade que promove a atribuição dos prémios. Como disse, não deixa de ser interessante, e porventura importante, discutir o papel do Clube de Jornalistas. Não tenho, por mim, qualquer mandato para o defender. Mas, sem conhecer toda a extensão da actividade do Clube nem o seu modo de funcionamento, observo de longe. E o que vejo não é pouco, pelo menos para o nosso panorama: é talvez a instituição que mais debate o jornalismo e os media em Portugal. Quer através da revista Jornalismo e Jornalistas(*), quer do site, quer, sobretudo do programa na Dois, que leva o nome do Clube, vai ocorrendo aquilo que era certamente uma necessidade urgente da democracia: escrutinar as opções das redacções, as questões que enfrentam os profissionais, as potencialidades e constrangimentos do mercado, das empresas e dos grupos.... E com a participação não apenas de jornalistas (ainda que, neste ponto, fosse desejável alagar o leque dos que discutem estas coisas). Eu acho que isto merece ser reconhecido e apoiado, ainda que debatido e enriquecido. (*) Declaração de interesses: integro o conselho consultivo da JJ.
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