Invocar o 11 de Setembro 11 de Setembro é quase uma data como outra qualquer. Há, no entanto, um peso nesta grafia que faz com que a escrevamos reportando sempre a memória para o ano 2001. É assim que acontece quando os anos passam por datas de acontecimentos da nossa maior alegria ou da nossa maior tristeza. Tenho, porém, a impressão de que há no 11 de Setembro algo de extraordinariamente diferente. E tenho como certo que os media têm nisto uma enorme responsabilidade, pela forma como cobriram o acontecimento internacionalmente . 11-S funciona hoje como o indicador da imagem de duas torres a desmoronar-se. Mesmo admitindo que os ataques terroristas aos EUA, como os de Madrid e de Londres, têm uma carga emocional (traumática) de incomparável dimensão, outras datas deveriam tocar-nos igualmente quando o calendário por lá passa outra vez. 3 de Setembro? 26 de Dezembro? 30 de Agosto?... Não são também datas que, pela dimensão das tragédias que representam, nos deveriam fazer estremecer todos os anos?! PS: O Museu Nacional de Imprensa (Porto) mantém em reposição, até ao dia 16 de Outubro, a exposição "O 11 de Setembro na imprensa mundial".
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