Informação e emoção Miguel Gaspar retoma hoje, no Diário de Notícias, a questão das emoções e do seu papel no tratamento informativo do caso judicial do desaparecimento de Joana no Algarve. Considerando que a «informação televisiva joga e promove a exibição de emoções», Miguel Gaspar anota ainda a exibição de «declarações das pessoas que foram assistir ao julgamento». Ora, a opção por ouvir a "vox populi" em casos desta natureza é precisamente, julgo, a manifestação de uma vontade de fazer notícia com o que se sente. «O discurso culpabilizador que se lhes ouviu», diz Gaspar, «não era mais do que um álibi para sossegar a má consciência de querer assistir a um julgamento mediático. A televisão tenta dizer-nos que essas frases representam a opinião do povo. Mas, tal como a mãe de Joana, o povo é convocado para dizer o que é adequado ao espectáculo. Chama-se a isto populismo televisivo.»
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