Notas da semana - IV Achei exótica a demissão de Artur Portela de membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. Invocou como motivo o que disse o presidente daquele órgão sobre o que terá dito o ministro dos Assuntos Parlamentares, interpretando essas interpretações como interferência ilegítima. Entre tantas altas autoridades, incluindo o presidente que tudo ouviu de viva voz, só ele, naquele momento, se sentiu civicamente sobressaltado. Isto diz bastante ou de Artur Portela ou dos restantes membros ou de todos em conjunto. O gesto não ajuda a clarificar um processo (de renovação das licenças dos operadores privados de televisão), que, já de si, anda envolta em polémica, mistério e suspeição. ... Ligado com este assunto, e uma vez que a revista do Expresso faz hoje de Van Zeller (ex-administrador da Media Capital) um herói das sete partidas, convém perguntar o que é que de substantivo e consistente resultou da sua demissão da TVI. Em rigor, de tudo o que disse e escreveu sobrou, na mais benigna das versões, fumo e poeira, suspeição e ideologia barata. Que serviu q.b., para alimentar a fogueira da luta política. Até agora, nada mais.
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