Práticas jornalísticas João Lopes, in "Os novos e os velhos", no Diário de Notícias, e Pedro d' Anunciação, no Expresso, levantam ambos questões sobre o trabalho e a atitude de alguns jornalistas, que parecendo embora diversas, batem em teclas muito próximas. João Lopes tinha acabado de participar num colóquio quando é abordado por um jovem repórter de uma estação televisiva para que esclarecesse aspectos da sua intervenção que alegadamente tinham ficado pouco claros. Parafraseando o que escreve hoje no DN: "Para sua surpresa, nem uma objecção, nenhuma proposta de confronto intelectual. As perguntas eram meros veículos de relançamento daquilo que ele dissera durante o debate". Conclusão de João Lopes: "Há um valor simbólico que as televisões instalaram no nosso quotidiano. Assim, a maior parte dos repórteres combina a ligeireza do olhar e a futilidade das observações com uma juventude que há muito deixou de ser um mero índice etário, para passar a funcionar como metáfora mediática: é jovem, logo tudo lhe pode ser permitido e desculpado. Pior um pouco: alguns dos menos jovens fazem um esforço patético para integrar a irresponsabilidade jornalística de muitos dos seus pupilos." Pedro D'Anunciação reporta-se ao debate de terça-feira passada, na SIC (que eu não vi), sobre a gripe das aves, no qual a apresentadora terá pretendido que os peritos presentes em estúdio justificassem, ilustrassem, e se possível ampliassem o parti-pris com que partiu para o programa: o dramatismo de uma situação que, pelos vistos, (ainda) não se justifica. Pelos vistos, ter-se-á irritado e atarantado pelo fato de os tais peritos lhe terem mostrado que algumas medidas tomadas pelos políticos foram empurradas pela "pandemia informativa" (expressão de Miguel Gaspar) sobre o tema. Os jornalistas - alguns deles (Pedro d'Anunciação contrapõe a posição muito mais sensata de José Alberto Carvalho, em idêntico debate na RTP1) - contribuem, ainda que involuntariamente para o clima de alarme e, uma vez nele mergulhados, "acabam por exigir que a realidade não lhes venha beliscar toda a gravidade que põem no assunto". Voltando a João Lopes: "Como aquele jornalista que, há dias, interrogava alguém dos serviços de meteorologia, ansiando por qualquer catástrofe que nos pudesse pôr de luto. O meteorologista bem lhe garantia que era apenas um típico dia com muita chuva, mas ele queria cheias, destruição, uma vitimazinha cujo sofrimento pudesse ser celebrado".
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