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Conselho Deontológico "iliba" directora da Lusa Num dos raros pareceres emitidos nos últimos anos sobre questões do seu foro, o Conselho Deontológico (CD) do Sindicato dos Jornalistas apoiou hoje as posições da Directora de Informação da Lusa, Deolinda Almeida, tendo, ao mesmo tempo criticado o comportamento de três jornalistas e do Conselho de Redacção (CR) da agência. O motivo da tomada de posição foi a polémica suscitada por notícias da Lusa sobre a cobertura da rede escolar com acesso à Internet de banda larga. A directora de Informação, Deolinda Almeida, assim como o editor de Nacional, haviam sido acusados de ceder a pressões externas, nomeadamente da parte de uma assessora ministerial. O CD rejeitou ter havido tais cedências. E relativamente à má imagem da agência que, seundo o CR, poderia ter decorrido de correcções a notícias anterirmente publicadas, o mesmo órgão do Sindicato considera que "a ausência de rectificações ou correcções - quando estes se justificam, como foi o caso - é que pode deixar maculada a imagem de isenção, de rigor e de transparência da Agência". Sobre o trabalho das três jornalistas directamente envolvidas na elaboração das peças que originaram a polémica, o Conselho Deontológico considera que elas "não respeitaram o princípio deontológico do contraditório, incorrendo numa falha profissional grave". NOTA - Numa primeira leitura, o parecer do Conselho Deontológicoassenta num pressuposto que pode ser, pelo menos, objecto de debate. O CD considera que as jornalistas não respeitaram o princípio do contraditório. Mas a verdade é que se poderia entender que a procura de informação junto das escolas (esqueçamos agora se bem ou mal recolhida) já constituía o exercício do contraditório, visto que o que estava a ser verificado era se Sócrates estaria a falar verdade, quando disse que todas as escolas se encontravam ligadas por uma rede de banda larga. É claro que, uma vez apurado que havia escolas não ligadas - caso isso fosse certo - as jornalistas poderiam voltar outra vez a confrontar os autores da afirmação inicial. Mas isso poderia significar um interminável processo, susceptível de comprometer, em última análise, a própria notícia. Foi, de resto, assim, que eu entendi, no comunicado do CR, a opinião de que a notícia inicial poderia ter saído sem o contraditório. Se, por hipótese, em vez de recolherem umas informações pelo telefone, tivessem verificado in loco que nem todas as escolas se encontravam ligadas, a notícia não merecia ser publicada? Sublinho que, com isto, não pretendo justificar ou contestar a actuação de qualquer das partes. Acho é que a assertividade do parecer do CD, neste ponto e na circunstância específica, pode comportar alguma debilidade. actualização (a 17.2): HÁ QUALQUER COISA AQUI QUE NÃO BATE CERTO Segundo o Público, o deputado Agostinho Branquinho, do PSD, "acusou ontem a directora de informação da agência Lusa, Deolinda Almeida, de ser 'comissária política do Governo', atendendo à sua actuação perante o tratamento noticioso da instalação de Internet de banda larga nas escolas públicas. Numa intervenção realizada no período antes da ordem do dia, na Assembleia da República, o deputado (...) frisou ainda que a responsável 'insultou', num 'claro acto de intimidação', as três jornalistas que contactaram responsáveis por diversas escolas que asseguraram não ter acesso à banda larga". Ora acontece que a directora de Informação da Lusa só hoje vai ser ouvida no Parlamento, para esclarecer precisamente os aspectos sobre os quais o deputado Branquinho já tem conclusões. Isto é aceitável?


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