O lugar da televisão nas nossas vidas
Publicado em abril 18, 2006 por Manuel Pinto | Envie este post
Várias notícias, para além da morte de Francisco Adam, tomaram, nos últimos dias, a televisão como tema de interrogação:
- a notícia de uma senhora encontrada morta, em adiantado estado de decomposição, há mais de dois anos, em frente ao televisor, no seu apartamento de Londres, sem que os vizinhos do prédio se preocupassem, apesar de terem sentido o cheiro e de ouvirem a televisão que ficou, desde então, ligada.
- um cardeal com altas funções no Vaticano que chamou a atenção para o lado negativo de ver muita televisão (assim como gastar muitas horas com a imprensa ou a Internet) [Miguel Gaspar, em texto no DN de ontem, considerava que já era penitência bastante ver a televisão que temos];
- a campanha "Uma semana sem TV", organizada anualmente pela TurnoffTV.org e que este ano se inicia na próxima segunda-feira; segundo o diário El Mundo, a Federação Ibérica de Telespectadores e Radiouvintes (FIATYR) levará a cabo iniciativa idêntica, mas com a duração de apenas um dia. Será a 10 de Maio. A portuguesa ACMedia, que integra a Federação e com responsabilidades dirigentes, ainda não tem essa informação visível no seu site.
- Enquanto isto, a informação sobre audiência de TV no mundo, recolhida pela Eurodata e relativa a 2005, indica que o tempo gasto com o pequeno ecrã continua a crescer, nomeadamente nos nove principais mercados televisivos. E 2005, ao contrário de 2004 e do que se irá certamente passar este ano com o Mundial de futebol, não foi palco de grandes eventos desportivos. [Crédito da foto: Periodista Digital]
E h? a tamb?m a eterna quest?o do papel da televis?o na fam?lia actual. N?o ser? mesmo a televis?o mais um membro de muitas fam?lias portuguesas? E at? para alguns idosos, o "?nico familiar" que lhes faz companhia? E para alguns pais ocupados, n?o ser? tamb?m uma baby-sitter que educa (para o bem ou para o mal) os filhos? Quais as consequ?ncias individuais e sociais de tudo isto?
Vi agora que os acentos n?o reconhecidos, pelo que reescrevo o coment?rio sem acentos:
E ha a tambem a eterna questao do papel da televisao na familia actual. Nao sera mesmo a televisao mais um membro de muitas familias portuguesas? E ate para alguns idosos, o "unico familiar" que lhes faz companhia? E para alguns pais ocupados, nao sera tambem uma baby-sitter que educa (para o bem ou para o mal) os filhos? Quais as consequencias individuais e sociais de tudo isto?