Avizinha-se um período literalmente quente para os media portugueses, sobretudo se se mantiverem as péssimas previsões relativamente aos incêndios. Antecipando um problema que não tardará a "inflamar" os media, a TSF propôs hoje à reflexão no Fórum da manhã [que não pude ouvir até ao fim!] uma discussão sobre a mediatização/espectacularização dos incêndios. O ponto de partida foi um comentário de António Peres Metelo, para quem as televisões deveriam ser mais contidas na trasmissão em directo dos cenários de incêndio. Sem querer avançar conclusões, penso que merecem nota pelo menos duas das questões levantadas/sugeridas pelos intervenientes.
tal como na publicidade e nos video-jogos, qualquer imagem pode influenciar quem v?. N?o d?vido nada que os media influenciam os "piromaniacos" com as imagens. De certeza que eles sentem mais prazer a ver os fogos ateados por eles na televis?o. Devem-se sentir felizes por tal feito ter destaque na televis?o. Mas tamb?m penso que os media t?m ajudado na preven??o, porque se n?o dessem tanto "alarido" ? quest?o, muitas autarquias n?o se davam ao trabalho de querer "proteger e preservar" a ?rea florestal. Mas tamb?m tenho a certeza que muitos dos autarcas n?o se importariam nada que X parte arde-se para poder vender e poder construir..
Acho que sim, que pode haver pir?manos escondidos que, perante a espectacularidade das imagens de um grande fogo, se sintam tentados. Admito que sim. Mas da? a advogar limita??es ? informa??o vai um grande passo. Mas...
Defendo apenas o ?bvio: n?o ao sensacionalismo, cuidado com a escolha e edi??o das imagens, evitar o excesso dos directos que pode, al?m de despertar pir?mamos, lan?ar o p?nico em popula??es; enfim o t?o almejado bom senso que falta tantas vezes ?s chefias, aos que est?o na redac??o a pensar muitas vezes apenas e s? nas audi?nciazinhas...