Weblogue colectivo do projecto Mediascópio - CECS / Universidade do Minho | RSS: ATOM 0.3 |




Envie este post



Remember me (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.com. More...



O debate em torno da RTP parece que está ainda a dar os primeiros passos. Os próximos capítulos serão com toda a certeza bastante interessantes e, digo eu, também preocupantes. Relativamente ao assunto gostaria de deixar as seguintes ideias: 1. A RTP não tem cumprido o serviço público. O canal 1 optou pela entrada no "jogo" das audiências secundarizando de uma forma descarada o seu dever que é o de prestar aos portugueses um serviço público de qualidade. A RTP2 tem colocado em antena um serviço público dirigido às minorias. Grande parte dos portugueses não tem, então, beneficiado do serviço público pelo qual os contribuintes pagam. 2. A RTP tem funcionários a mais. Necessita de reformas estruturais urgentes. É possível fazer mais com menos gente. 3. Um serviço público plural e de qualidade só é possível com dois canais. Por isso, a RTP deve continuar com dois canais. 4. O que tem que acabar são os contratos milionários, o desbaratar de dinheiro para garantir exclusivos que depois nem sequer são colocados em antena, os gastos supérfluos em concursos de qualidade medíocre e talk shows escabrosos passados em canais que deviam primar pela qualidade. 5. A RTP deve continuar a ter na publicidade uma fonte de receitas. Deve é ser devidamente limitada no Canal 1 e vedada no Canal 2. A extinção ou venda de um canal da RTP tem como únicos beneficiários os canais privados, que têm estado tão interessados nestas matérias e tanto apoio têm dispensado às posições governamentais. Nunca um jornal, dito de referência, como o Expresso, se mostrou tão descaradamente partidário de uma posição governamental como no caso da RTP. 6. Todos devemos estar indignados com a gestão danosa da RTP, mas também o devemos estar com o roubo e destruição do serviço público. Com a RTP reduzida a um só canal o panorama audiovisual português ficará muito mais pobre e o serviço público, ou o que dele restar, estará sujeito a uma programação desconexa. 7. Os portugueses ficarão mais pobres e o panorama audiovisual nacional perderá muita qualidade. Estaremos cada vez mais entregues à ditadura dos Reality Shows e das Telenovelas, cada vez mais longe de nós próprios, submersos num mundo imaginário que as televisões querem tornar real. Até a imprensa, sobretudo a tablóide, já nos está a fazer submergir numa roda viva que tem como eixo a televisão. Quem vê a SIC ou a TVI - e são muitos os portugueses que o fazem, pode encontrar o enquadramento, os ídolos e as cenas dos próximos capítulos no 24 Horas, no Correio da Manhã ou no Tal & Qual. Ao que nós estamos a chegar! 7.


0 resposta(s) para “”

Responder





Quem somos

» Manuel Pinto
» Helena Sousa
» Luis Antonio Santos
» Joaquim Fidalgo
» Felisbela Lopes
» Madalena Oliveira
» Sara Moutinho
» Daniela Bertocchi
» Sergio Denicoli

» E-MAIL

Últimos posts

» Permitam-me que traga para esta "mesa comum" (JF d...
» A Elisabete falou-me de um blog sobre televisão e,...
» Nos EUA um jornalista freelancer de 70 anos, chama...
» Espero ter, finalmente, conseguido maneira de envi...
» Esta notícia já tem uns dias mas merece reflexão. ...
» A net tem destas coisas: navegava à cata de um aut...
» Dave Winer, programador e autor do "mais antigo we...
» Qual o futuro da televisão na era digital? A revis...
» Num momento conturbado da vida dos media portugues...
» Agradeço o texto-testemunho da Dora. Tinha acabado...

Ligações


Arquivos

» abril 2002
» maio 2002
» junho 2002
» julho 2002
» agosto 2002
» setembro 2002
» outubro 2002
» novembro 2002
» dezembro 2002
» janeiro 2003
» fevereiro 2003
» março 2003
» abril 2003
» maio 2003
» junho 2003
» julho 2003
» agosto 2003
» setembro 2003
» outubro 2003
» novembro 2003
» dezembro 2003
» janeiro 2004
» fevereiro 2004
» março 2004
» abril 2004
» maio 2004
» junho 2004
» julho 2004
» agosto 2004
» setembro 2004
» outubro 2004
» novembro 2004
» dezembro 2004
» janeiro 2005
» fevereiro 2005
» março 2005
» abril 2005
» maio 2005
» junho 2005
» julho 2005
» agosto 2005
» setembro 2005
» outubro 2005
» novembro 2005
» dezembro 2005
» janeiro 2006
» fevereiro 2006
» março 2006
» abril 2006
» maio 2006
» junho 2006
» julho 2006
» agosto 2006
» setembro 2006
» outubro 2006
» novembro 2006
» dezembro 2006
» janeiro 2007

Livros

TV do futebol

» Felisbela Lopes e Sara pereira (orgs) A TV do Futebol; Porto: Campo das Letras

» Televisão e cidadania. Contributos para o debate sobre o serviço público. Manuel Pinto (coord.), Helena Sousa, Joaquim Fidalgo, Helena Gonçalves, Felisbela Lopes, Helena Pires, Luis António Santos. 2ª edição, aumentada, Maio de 2005. Colecção Comunicação e Sociedade. Campo das Letras Editores.

» Weblogs - Diário de Bordo. António Granado, Elisabete Barbosa. Porto Editora. Colecção: Comunicação. Última Edição: Fevereiro de 2004.

» Em nome do leitor. As colunas do provedor do "Público". Joaquim Fidalgo. Coimbra: Ed. Minerva. 2004

» Outras publicações do CECS

Eventos

» Conferência: A Nova Entidade Reguladora no quadro das políticas de Comunicação em Portugal (2006)

» I Congresso Internacional sobre Comunicação e Lusofonia (2005)

» Jornadas ?Dez Anos de Jornalismo Digital em Portugal: Estado da Arte e Cenários Futuros? (2005)

» Todos os eventos







Subscribe with Bloglines


Technorati Profile Powered by Blogger and Blogger Templates