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Comentário Os media e o caso Casa Pia Foi através do jornalismo que a sordidez da rede de pedofilia, de contornos ainda por apurar, veio à luz do dia. O processo judicial desencadeado começou a fazer o seu caminho e é no âmbito do seu desenvolvimento que ocorre agora a mais recente e, de certo modo, mais inesperada e chocante prisão, a do ex-ministro e deputado do PS, Paulo Pedroso. Há, neste caso, interesses contraditórios em jogo, assim como há riscos de atropelo de direitos fundamentais e mesmo potencial conflito entre direitos. Por exemplo, o direito à presunção de inocência até sentença transitada em julgado cai completamente por terra com a mediatização e exploração deste tipo de casos por alguma comunicação social. Como observa hoje Mário Mesquita, num texto no Público, que vale a pena ler com atenção, a presunção de inocência "no teatro dos media", corre o risco de se converter em "presunção de culpabilidade". O direito à informação sobre matérias de evidente interesse público pode conflituar com o legalmente prescrito no tocante ao segredo de justiça. Os jornalistas e os media podem tornar-se facilmente objecto de estratégias de fontes poderosas e, evidentemente, interessadas e, em lugar da informação, estarem a servir de palco de guerras, manobras tácticas e estratégicas e de ajustes de contas por parte dessas fontes. Assim, entendo que o apelo à contenção feito ontem pelo presidente da República - e que os directores do DN e do Público também valorizam em editoriais destes últimos dias - dirigindo-se em primeiro lugar às televisões, revela-se oportuno e pertinente para todos os media jornalisticos. Mas entendo que é sobretudo um apelo a uma vigilância acrescida e a uma atenção suplementar no rigoroso cumprimento do código deontólogico da profissão. O trabalho jornalístico e o da justiça desenrolam-se em esferas e com lógicas específicas e a colectividade lucra em que os dois possam efectuar-se sem peias e com respeito recíproco. Por um caminho e por outro se pode progredir no esclarecimento da verdade e na reparação que de algum modo a sociedade deve às muitas crianças da Casa Pia que foram violentadas sexual e psicologicamente.


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