"O Ataque de Berlusconi Aos Jornalistas" é o título da coluna de Mário Mesquita no Público. A recente demissão do director do "Corriere della Sera" e o "silenciamento" de jornalistas e intelectuais incómodos através do seu afastamento dos ecrãs é objecto da análise neste texto. Um exerto significativo: "O que surpreende no ataque de Berlusconi contra os "media" independentes é a forma como o primeiro ministro designa em público os jornalistas-inimigos para, depois, desencadear, por interpostos actores (por exemplo, os administradores da RAI ou os accionistas do "Corriere della Sera"), as medidas destinadas a demiti-los ou silenciá-los. Além de profissionais do jornalismo, diversas personalidades de relevo do debate público italiano - universitários, intelectuais, escritores e figuras da vida cultural - foram afastadas dos ecrãs televisivos. Giuseppe Giulietti, deputado dos Democratas de Esquerda (ex-PCI), escreveu à presidente da televisão pública italiana, Lucia Annunciatta, em protesto contra ausência nos debates mais recentes da televisão pública (RaiUno e RaiDue) de pessoas como Eugenio Scalfari, Furio Colombo, Curzio Maltese ou Paolo Flores d'Arcais. Esta "lista dos intelectuais desaparecidos", como foi designada na imprensa, é muito elucidativa acerca do estilo de actuação de Berlusconi e dos seus amigos". (Nota: a ligação do teor da mensagem do papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais ao caso do "Corriere" é que me parece um pouco forçada, uma vez que a mensagem está escrita e publicada desde finais de Janeiro. O que não significa que o problema de fundo que afecta a Itália nesta matéria não possa ter estado presente nas palavras papais).
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