E NÃO ACONTECE NADA? As relações entre políticos e jornalistas têm conhecido episódios edificantes, nos últimos dias. *O caso de Alberto João Jardim tornou-se crónico e, aparentemente, quase todos temem dizer o que pensam sobre o comportamento do personagem. Desta vez, além dos recados para todos os lados, incluindo para o Primeiro Ministro, decidiu implicar com o jornalista do Público que cobre os assuntos madeirenses, ou seja, "albertojoaninos". Desejou que ele "fique desempregado", por alegadamente, com outros correspondentes locais, "denegrir a imagem da região". Recentemente, escreveu que "o Tolentino defecou no Público mais um prosa contra os direitos autonómicos da Madeira". Estaremos todos obrigados a dizer: "Deixem lá! É o estilo do Alberto João!?". "Quousque tandem abutere Catilina patientia nostra? (...) O tempora, o mores!". * Passou sem grandes referências um texto de Luís Filipe Menezes, no "Público" de domingo, que contém insinuações da maior gravidade contra um "jornal de 'referência'", "qual vaca sagrada da comunicação social", cujo nome não é referido, mas que todos sabem ser o "Expresso". Afirma ele que uma notícia feita por uma jornalista, na Cidade Invicta, "saiu integral do Porto, havia sofrido um primeiro ajuste editorial em Lisboa, havia sofrido um segundo após uma ameaça política de um ministro, e um terceiro após uma intervenção mais 'comercial' de um outro membro do Governo". Poderá dizer-se, também neste caso, que "é mais uma do Luís Filipe Meneses". Mas isto é assim? Dizem-se coisas deste calibre e não acontece nada? Actualização: Francisco José Viegas comenta, no JN, o caso Alberto João Jardim e as declarações que proferiu no Chão da Lagoa. Deixo a última frase: "Eu, como sou um liberal, limito-me a sorrir. Afinal de contas, trata-se de Alberto João Jardim." A pergunta é: será que ficamos, assim, esclarecidos sobre o que é ser liberal?
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